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Para controlar a quantidade de açúcar consumido em bebidas em Portugal, a Lei n.º 42/2016, de 28 de dezembro do Orçamento de Estado 2017, criou o imposto especial de consumo sobre as bebidas adicionadas de açúcar e outros edulcorantes (IABA).
No ano de 2017, primeiro ano de aplicação do IABA, a indústria reduziu em 11% o teor calórico médio destes produtos. Com esta medida, os Portugueses consumiram menos 6.250 toneladas de açúcar face a 2016. Em Portugal, crianças e jovens com idade inferior a 20 anos revelam ser os maiores consumidores destas bebidas, semelhante aos padrões verificados noutros países europeus. Desta forma, o impacto na redução do teor de açúcar em bebidas mostra-se particularmente importante no combate à obesidade infantil e, mais tarde, no aparecimento de doenças crónicas relacionadas. Em termos de impacto para a saúde, segundo a OMS, em Portugal será possível evitar 27 mortes por ano, a 15-20 anos, com este imposto especial para as bebidas açucaradas. Mantendo as condições de redução em 11% do valor calórico das bebidas e a redução de 7% no volume de vendas nacionais, é esperada uma redução de 0,11% na prevalência da obesidade, correspondendo a uma diminuição de 1600 pessoas obesas entre os 20 e os 30 anos de idade. A receita arrecadada foi de 70 milhões de euros (M€) em 2017, prevendo-se que se ultrapasse os 80 M€ em 2018. As verbas estão destinadas à sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde e dos Serviços Regionais de Saúde das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores. No que diz respeito às medidas para alterar padrões de consumo, neste caso alimentares, as estratégias com regime de tributação revelam ser das mais efetivas e céleres para a obtenção de efeitos benéficos para a saúde. Para aprofundamento do tema fica o linkdo Relatório do Grupo de Trabalho (Despacho nº. 2774/2018) – Impacto do Imposto Especial sobre o Consumo de Bebidas Açucaradas e Adicionadas de Edulcorantes. https://www.sns.gov.pt/wp-content/uploads/2018/09/Relatorio-final-IABA.pdf
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27/9/2018 0 Comentários Leite materno diminui o risco de obesidade infantil apenas aquando amamentaçãoNum novo estudo publicado na revista da Academia Americana de Pediatras, os autores concluem que a amamentação materna em exclusivo durante três meses diminui significativamente e de forma dose-dependente, o risco de obesidade durante a infância. Esta diminuição não se verificou quando a alimentação com leite materno era através de biberons.
http://pediatrics.aappublications.org/content/early/2018/09/20/peds.2018-1092 Desde a última atualização epidemiológica realizada a 31 de agosto de 2018, os países europeus relataram 530 novos casos do vírus do Nilo Ocidental (WNV) e 52 mortes. O número de infeções por WNV relatadas até momento excede o número total de infeções dos cinco anos anteriores.
Fica a saber mais aqui. Para a época gripal 2018/2019, a vacinação contra a gripe decorrerá a partir de 15 de outubro. O início mais tardio que o habitual da campanha de vacinação tem como intuito garantir melhor e maior proteção durante o período da epidemia de gripe que no nosso país tem, usualmente, início na segunda quinzena de dezembro.
Apesar da orientação relativa à época gripal 2018/2019 não ter ainda sido publicada, no Comunicado da Diretora-Geral da Saúde pode ler-se que a vacinação será gratuita, sem necessidade de receita médica ou de pagamento de taxa moderadora, para:
Neste contexto, aproveitamos para relembrar que dia 12 de outubro decorrerá, no auditório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, a 7ª Reunião da Vigilância Epidemiológica da Gripe em Portugal. Inscreve-te aqui para assistires em Lisboa ou aqui para assistires por videoconferência no Porto. Foi dado mais um importante passo para a disponibilização de testes rápidos (testes point of care) de rastreio de infeções por vírus da imunodeficiência humana (VIH), vírus da hepatite C (VHC) e vírus da hepatite B (VHB) nas farmácias comunitárias e nos laboratórios de patologia clínica/análises clínicas. No passado mês de Agosto foram publicados um conjunto de esclarecimentos às anteriores circulares normativas, assim como a lista lista de dispositivos para diagnóstico in vitro destinados aos testes rápidos (DGS) Desta forma, estamos cada vez mais perto de ver estes testes a serem implementados em farmácias de todo o país. 22/9/2018 0 Comentários Global Tuberculosis Report 2018A nível mundial, a tuberculose é uma das 10 causas de morte e a primeira causa, se apenas por um agente infecioso. A epidemia da tuberculose entre os países é significativamente desigual, associado à expressão de diversos fatores de risco, que contribuem para a circulação da infeção. A Organização Mundial de Saúde, desde 1997, divulga um relatório com a avaliação anual da tuberculose, onde, desde 2015, alinha a trajetória dinâmica da doença com os objetivos de desenvolvimento sustentável. A tuberculose tem uma influência significativa no estado de saúde global, pelo que todos os países têm a necessidade de manter ou implementar estratégias eficientes de acordo com as melhores práticas. Este relatório pretende servir de ponto de situação em relação à evolução da tuberculose. O documento encontra-se disponível neste link do website da OMS. Desde o início do presente mês que Harare, a capital do Zimbábue, se tem visto a braços com um surto de cólera que é já considerado o pior da última década. A cidade está em estado de emergência havendo já registo de 28 mortes e 5.000 casos notificados da infecção.
Recorda-se que este é um problema recorrente num país que, segundo a OMS, entre Agosto de 2008 e Julho de 2009 viu morrer 4.200 dos seus cidadãos, com 98.000 outros infectados, devido a esta doença. Fica a saber mais aqui. Desde 2013, mais de 1200 profissionais do NHS foram admoestados devido ao uso de redes sociais durante o horário de trabalho, ou envolvendo questões do seu trabalho em aplicações informáticas de troca de mensagens, sendo que pelo menos 65 destes perderam o emprego.
De entre os vários motivos de queixa, destaca-se a partilha de informação privada de doentes, a difamação de colegas de trabalho nas redes sociais, e má conduta no local de trabalho. Numa realidade onde mais e mais se utiliza redes sociais para comunicação entre-pares, existe o esquecimento de que a vida pessoal e a profissional estão separadas por uma linha divisória muito ténue, e que a conduta, o respeito e a ética profissional a que os profissionais de saúde estão sujeitos, não se restringe única e exclusivamente ao local de trabalho, mas também à atividade informática. Para mais informações, clique aqui. É uma questão cada vez mais premente e recorrente nos nossos jovens, fruto do enorme marketing imposto pelas diversas empresas em áreas atrativas para a grande maioria deles, tendo como principal público-alvo os jovens do género masculino.
Para além da grande eficácia das estratégias de marketing empregues, a falta de regulamentação relativamente à comercialização de bebidas energéticas tem impulsionado o seu consumo, particularmente nos adolescentes e nos adultos jovens, verificando-se nos últimos anos um aumento progressivo do seu consumo a nível mundial. As bebidas energéticas apareceram, de forma discreta, no Japão em 1962, com a bebida “Lipovant D”, rica em substâncias estimulantes, comercializada em mini garrafas. Contudo apenas se tornaram mundialmente conhecidas, com o aparecimento na década de 90, da bebida energética mais consumida no Mundo, o “Red-Bull”. Desde então apareceram muitas mais, entre as quais se destaca a “Monster” e a “Rockstar”. Estas bebidas correspondem a um grupo de bebidas não alcoólicas com um elevado teor de cafeína e às quais são adicionadas outras substâncias, nomeadamente hidratos de carbono (glucoronolactona, dextrose, sacarose), aminoácidos (taurina), vitaminas (B, riboflavina, piridoxina, L-carnitina) e extratos de plantas (ginseng, guaraná), entre outras. Inicialmente o público-alvo eram desportistas e atletas de alta competição, para rivalizar com as bebidas isotónicas, comercialmente designadas por bebidas desportivas, que ao contrário das bebidas energéticas, não possuem substâncias estimulantes, como a cafeína, sendo constituídas habitualmente por água, hidratos de carbono e eletrólitos. Recentemente as empresas de bebidas energéticas redirecionaram o foco nos atletas para os jovens e optaram por estratégias de marketing agressivas em lugares populares entre adolescentes e jovens adulto e são publicitadas como tendo a capacidade de aumentar a performance tanto a nível físico como mental, com aumento da resistência, da concentração e diminuição do cansaço. Estima-se já que dois terços dos consumidores de bebidas energéticas têm entre 13 a 35 anos, e os rapazes correspondem a dois terços dos consumidores. Apesar de as bebidas energéticas serem projetadas como “energy booster” de modo a apresentar efeitos positivos no desempenho do exercício físico em várias atividades desportivas, elas são uma combinação de estimulantes e “booster’s”, cujo consumo não é isento de riscos, levantado sérias preocupações sobre os seus potenciais efeitos negativos para a saúde, principalmente na população pediátrica. A cafeína, principal ingrediente ativo das bebidas energéticas, também está presente noutras bebidas, como o café, chá e refrigerantes. Mas o seu teor é bastante superior nas bebidas energéticas, estimando-se que uma embalagem de bebida energética (250 mL) seja equivalente, de forma aproximada, a dois cafés expresso e superior a duas embalagens de refrigerante, mas podem existir quantidades de cafeína ainda mais elevadas e não reguladas. Existem vários efeitos adversos descritos associados com o consumo de bebidas energéticas, principalmente relacionados com a cafeína, tais como a taquicardia, agitação, cefaleia, insónia, desidratação, tonturas, ansiedade, irritabilidade, palpitações, tremores, aumento da tensão arterial e distúrbios gastrointestinais (náuseas, vómitos). Esses efeitos são dependentes da dose, e o aumento do seu consumo pode associar-se ao aparecimento de sintomas de maior gravidade, nomeadamente convulsões, hemorragias, arritmias ou alucinações, podendo mesmo levar à morte. Para além disso, contêm outros estimulantes e aditivos (guaraná, taurina, ginseng, carnitina), cujos efeitos a curto e a longo prazo ainda não são totalmente conhecidos e que, se associados à cafeína, poderão ser potenciados. Outra situação alarmante, e cada vez mais comum nos adolescentes, é a associação do consumo de bebidas energéticas com o álcool com o principal objetivo de obter mais energia e diversão por toda a noite. Estima-se que a sua frequência varie entre 15-85% e ocorre principalmente em locais recreativos (bares e discotecas). Este consumo associado, para além de provocar uma menor perceção dos efeitos do álcool, originando uma falsa sensação de sobriedade, altera também a perceção neurocognitiva, acentuando a probabilidade de serem adotados outros comportamentos de risco, como o tabagismo ou o uso de drogas ilícitas. Perante a elevada ingestão de bebidas energéticas nos adolescentes, “torna-se essencial aumentar a consciencialização das crianças, adolescentes, encarregados de educação, professores e sociedade no geral para este tipo de consumo e os seus riscos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a implementação de medidas restritivas ao valor máximo de cafeína, bem como limitações nas ações de marketing e vendas, e defende em conjunto com American Academy of Pediatrics que estas não sejam consumidas por crianças e adolescentes. A menos que os $3 mil milhões gastos anualmente em investigação tripliquem, dificilmente se encontrará uma vacina ou tratamentos mais rápidos para doenças dos pobres.
Vacinas contras contra HIV, malária e tuberculose são improváveis de serem produzidas num futuro próximo a menos que lhes seja alocado um investimento francamente maior que o actual. Outros objectivos que também parecem fora de alcance incluem a vacina para a Hepatite C, uma vacina combinada contra Cólera, Shigella, E. coli enterotoxigénica e Rotavirus, tratamento mais rápido para a Tuberculose e novos tratamentos para as 20 Doenças Tropicais Negligenciadas. Para fazer uma diferença real contra estas doenças, este estudo concluiu que seriam necessários $9 mil melhores por ano, ao contrário dos actuais $3 mil milhões. Refere este estudo. Mas o mundo encaminha-se para a direcção oposta. O montante combinado doado por governos, fundações privadas e farmacêuticas subiu em flecha no inicio dos anos 2000. Mas, excepto para o fundo de emergência para investigação para o Ébola, este valor tem vindo a diminuir desde a crise de 2009. Para mais informações segue o este link. |
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