Uma comissão do Lancet sobre migração e saúde, publicou os resultados de uma revisão com dados de 13 países que confirma que vários mitos sobre migrantes e os riscos que representam para a saúde pública são infundados. O relatório conclui que não há evidência de que os imigrantes representem um "peso" para os serviços de saúde ou que transportem doenças infeciosas que coloquem em risco as populações autóctones. Lê as conclusões da Comissão do Lancet  aqui (https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(18)32114-7/fulltext).

No passado dia 18 de dezembro, o jornal britânico BBC publicou uma notícia sobre resultados positivos obtidos num grande estudo sobre a remoção de produtos alimentares não saudáveis, como doces e chocolates, da zona das caixas de pagamento.

A utilização destes espaços prende-se com a motivação dos clientes em comprar produtos tanto para si, como por exemplo, para os filhos em recompensa do bom comportamento destes no supermercado. Deste modo, foi realizado um estudo não experimental, no qual foram implementadas políticas de saúde no sentido da remoção destes produtos nocivos das suas localizações junto às caixas de pagamento. Ao fim de 12 meses de follow-up, verificou-se um decréscimo significativo no seu consumo, em alguns casos a atingir uma redução de 80%.

Devido ao problema transversal ao mundo ocidental, e em particular, em Portugal, a obesidade infantil deve ser alvo de atividades de promoção de saúde e prevenção de riscos para o seu desenvolvimento ou agravamento, como o excesso de calorias.

Embora intervenções, como este estudo propõe, possam resultar num elevado benefício, há vários fatores de confundimento que devem ser tidos em conta como o facto dos consumidores simplesmente optarem por outros produtos alimentares nocivos não contemplados. Pese embora, não se possa estabelecer uma relação de causalidade, é importante estes espaços comerciais assumirem, também, uma responsabilidade pelo bem-estar e estado de saúde da população.

Provavelmente, por questões intrínsecas ao objetivos lucrativos de cada indústria alimentar, nem sempre é fácil estas superfícies aceitarem a implementação de medidas que tenham implicação na venda dos seus produtos. De qualquer forma, deve ser promovido a negociação e a procura de outras vantagens que as tomadas de decisão a favor de medidas preventivas em saúde, se possam traduzir em benefícios lucrativos para estes espaços comerciais.
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A notícia encontra-se neste link publicada, enquanto o estudo encontra-se aqui.

Estando-se a aproximar a quadra natalícia, a Direcção-Geral da Saúde divulgou 12 sugestões para um natal mais saudável, de modo a que esta época festiva possa ser festejada de uma maneira um pouco mais saudável.
Foram apresentadas as seguintes sugestões:

1. Inicie a véspera e o dia de Natal com um pequeno-almoço saudável e equilibrado;
2. Ajude e proteja os artesãos alimentares da sua região;
3. Inicie as suas refeições natalícias com uma sopa;
4. Acompanhe as refeições com hortícolas e outros produtos vegetais, sempre que possível;
5. Dê atenção a preparados culinários mais simples como os estufados;
6. Disponha de pão fresco de qualidade, de diversas variedades e com algum pão integral pela mesa;
7. Opte pelo arroz;
8. Reabilite os figos, ameixas, passas e alperces secos;
9. Invista numa grande e colorida salada de frutas;
10. Enfeite a mesa com uns bonitos jarros de água e escolha copos de água de qualidade;
11. Atividade física;
12. Proteja o meio ambiente;

 
Cada dica está esplanada com mais detalhe no documento disponibilizado, para uma melhor compreensão das sugestões.

O Saúde+Pública lamenta o trágico acidente ocorrido no passado sábado com o helicóptero do INEM quando regressava à sua base aérea após o transporte de um doente.

De acordo com a informação do INEM, o serviço de helicópteros de emergência médica foi criado em 1997, tendo desde essa altura efetuado cerca de 16.370 transportes de doentes urgentes, sem que se tenha verificado qualquer incidente grave como o agora verificado. Graças ao esforço de várias entidade foi possível fazer a reposição do helicóptero para prestar um serviço de grande importância para toda a população da região interior norte do país.

Prestamos as nossas condolências e a agradecemos a todos os profissionais do INEM que diariamente arriscam as suas vidas em prol dos outros.

Atualmente verifica-se que os cuidados de saúde essenciais se encontram acessíveis ao maior número de indivíduos de sempre, mas ainda assim metade da população mundial não conhece essa realidade. É a Organização Mundial de Saúde (OMS) que o diz na sua campanha para a celebração do seu 70.º aniversário e da Declaração Universal dos Direitos Humanos

O direito à saúde é materializado assegurando que todos os indivíduos têm acesso a cuidados de saúde de qualidade e a preço acessíveis. O sistema de saúde de um país deve diminuir o impacto económico de um individuo doente.

Cumpre-se em 2018, 25 anos do Programa de Troca de Seringas, programa esse que contribuiu para a melhoria das práticas de consumo de substâncias ilícitas, comportamentos aditivos e dependências.
O programa contribuiu para a diminuição do tempo de retenção de seringas usadas, e o abandono de seringas na via pública, levando à diminuição de novas infeções por VIH em pessoas que utilizam drogas injetáveis, de 57,3%, em 1998, para 1,8% em 2017, ajudando igualmente na diminuição de outras doenças transmitidas por via endovenosa.  
Ao longo destes 25 anos foram distribuídos mais de 57 milhões de seringas, sendo que este programa foi um dos catalisadores para a descriminação do consumo de drogas, medida essa que tornou Portugal pioneiro no combate ao consumo de drogas, e exemplo de boas práticas na adoção de políticas de abordagem aos comportamentos aditivos e dependências.
De ressalvar a grande impulsionadora que foi Odette Ferreira, pioneira na investigação da SIDA em Portugal, e mentora deste programa.

​No dia 27 de novembro, o feed dos portugueses foi inundado com notícias sobre a aprovação, pelo Parlamento na especialidade do Orçamento de Estado, da integração de 2 vacinas - rotavírus e meningite B - e alargamento a rapazes da vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV) no Programa Nacional de Vacinação (PNV).  Notícia 1

A Direção Geral da Saúde (DGS) e a Comissão Técnica de Vacinação  equacionam a hipótese da inclusão da vacina contra a meningite B no PNV, tendo sido assinado a 22 de novembro um Protocolo de Colaboração entre a DGS e a Sociedade Portuguesa de Pediatria, que visa avaliar a efetividade desta vacina (MenB4c) em Portugal através de um estudo de caso-controlo. Notícia 2

Este estudo caso-controlo será realizado em todos os Serviços de Pediatria de Hospitais Portugueses onde foram diagnosticados casos de doença invasiva meningocócica, visando contribuir e facilitar o processo de decisão referente à política vacinal.

Atualmente a vacina contra a meningite B é disponibilizada gratuitamente a grupos de risco específicos de acordo com a Norma 007/2016 de 08/08/2016 da DGS:
      - Asplenia anatómica ou funcional e hipoesplenismo;
 - Défice congénito de complemento;
 - Terapêutica com inibidores do complemento (Eculizumab).