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Por ocasião do Dia Internacional da Mulher, que se celebra hoje um pouco por todo o Mundo, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou um relatório em que pede ação para atingir a igualdade de género para as novas gerações, 25 anos depois da Declaração de Pequim (uma resolução em que foi promulgado um conjunto de princípios sobre a igualdade). Esta última continua a ser, até à data, o documento mais completo sobre igualdade de género. O referido relatório é o registo mais completo sobre direitos das mulheres que alguma vez foi feito, com contribuições de 170 Estados-membros.
Como ameaças à igualdade, destacam-se a emergência climática, os conflitos e o aumento alarmante das políticas de exclusão. Por outro lado, são também referidos certos avanços desde a adoção da Declaração de Pequim: nunca houve tantas raparigas na escola; há menos mulheres a morrer devido ao trabalho de parto e às suas complicações; a proporção de mulheres nos Parlamentos duplicou, em todo o Mundo, e ao longo da última década, 131 países aprovaram leis em relação à igualdade de género. No entanto, todo este progresso tem sido lento e desigual, persistindo ainda problemas como: - acesso ao mercado de trabalho - em todo o Mundo, só 62% das mulheres entre os 25 e os 54 anos fazem parte do mercado de trabalho, comparado com 93% dos homens; - as mulheres continuam a fazer a maioria do trabalho doméstico e de cuidados a crianças, doentes e idosos, e recebem em média menos 16% do que os homens, sendo este último número 35%, em alguns países; - 18% das mulheres sofreram violência por parte de um parceiro íntimo, no último ano. As novas tecnologias contribuem para novas formas de violência, como o cyber-harassment, para as quais ainda não há respostas; - estima-se que 32 milhões de raparigas não vão à escola. Este ano de 2020 será um marco importante em relação à igualdade de género, sendo a Igualdade o tema deste ano para as comemorações do Dia Internacional da Mulher. É ainda de relembrar que este tema se enquadra nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, sendo o 5º a Igualde de Género.
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1/3/2020 0 Comentários A Organização Mundial de Saúde reforça a ação para melhorar o acesso ao sangue em segurançaConforme foi noticiado esta semana pela Organização Mundial de Saúde (OMS), esta organização está a trabalhar para reforçar a ação para melhorar o acesso ao sangue em segurança.
O seu novo Plano de Ação (2020-2024) pretende acelerar o acesso ao sangue e produtos hemoderivados, divulgando novas recomendações. É importante relembrar que o sangue salva vidas em vários tipos de circunstâncias, e não só em situações de emergência. No entanto, das cerca de 118 milhões de doações de sangue anuais, a nível mundial, 42% ocorrem em países de alto rendimento, onde vive 16% da população. Nos países de baixo rendimento, 1 em cada 4 países não testam o sangue doado. Os desafios então incluem a implementação lenta de sistemas de regulação da segurança do sangue, número insuficiente de dadores, má qualidade na gestão dos testes de rastreio e compatibilidade sanguínea, uso inapropriado do sangue e inexistência de fundos suficientes para que haja sangue seguro. Por tudo isto, a OMS definiu 6 objetivos principais para todos os países: - Existência de sistemas bem estruturados, coordenados e financiados, a nível nacional, para as questões ligadas ao sangue; - Capacidade regulatória para assegurar a qualidade e segurança do sangue; - Serviços funcionais e com uma gestão eficiente; - Implementação efetiva da gestão do sangue doado, para otimizar as práticas de transfusão; - Hemo e farmacovigilância efetivas, com o apoio de sistemas de colheita e tratamento de dados; - Parcerias, colaboração e troca de informação para atingir estes objetivos e, em conjunto, agir em relação aos desafios e ameaças emergentes a nível global, regional e nacional. 23/2/2020 0 Comentários Nenhum país do Mundo faz o suficiente para proteger a Saúde das crianças, acusam a OMS e a UNICEF
Recentemente, a OMS Europa e o Observatório Europeu para os Sistemas e Políticas de Saúde lançaram um novo documento (disponível em inglês, francês, alemão e russo) sobre rastreios: “Screening: when is it appropriate and how can we get it right?”.
As principais mensagens do documento são as seguintes: - Os rastreios podem trazer benefícios, mas também danos, pelo que a sua aplicação deve ser feita de forma cuidada, pesando os prós e os contras; - Os rastreios populacionais devem estar integrados em programas organizados que incluam determinados elementos principais, como a identificação da população-alvo, tratamento, monitorização e avaliação; - Os princípios de Wilson e Jungner continuam a ser o gold standard para decidir a implementação e continuação (ou descontinuação) de programas de rastreio; - Há que ter tratamento disponível aquando da decisão da implementação de um programa de rastreio; - É também importante identificar barreiras para maximizar a efetividade de programas de rastreio e pôr em prática medidas para as ultrapassar. 9/2/2020 0 Comentários EPHA ataca as desigualdadesA EPHA (European Public Health Alliance) abordou recentemente a questão das desigualdades, considerando-as um desafio de Saúde Pública para os decisores políticos e publicando um relatório sobre o assunto. Este tema já tinha sido considerado anteriormente, em 2009. Desde esse momento, foram adotadas medidas políticas pelos decisores políticos da União Europeia (EU), com o objetivo de responder ao desafio deste problema complexo. No entanto há vários grupos socioeconómicos que continuam à espera da igualdade em Saúde, nomeadamente, migrantes sem documentos, população reclusa, trabalhadores do sexo, comunidade LGBTI, pessoas sem-abrigo, refugiados, idosos, pessoas com deficiências e minorias étnicas. Esta situação leva a uma esperança média de vida mais baixa e a maiores riscos para doenças não comunicáveis, matando 41 milhões de pessoas por ano.
Reduzir as desigualdades em Saúde torna-se então um imperativo social, económico e demográfico, pelo que as principais políticas devem incluir a Saúde para efetivamente reduzir as desigualdades em Saúde e prevenir estas disparidades no futuro. Celebra-se amanhã, dia 6 de Fevereiro, o Dia Internacional da Tolerância Zero para a Mutilação Genital Feminina. Como forma de marcar este dia, a Organização Mundial da Saúde publicou uma calculadora dos custos associados a esta prática. Ian Askew, Director do Departamento da Saúde Sexual e Reprodutiva e Investigação da OMS lembra que a mutilação genital feminina não é apenas um abuso dos direitos humanos de milhões de meninas e mulheres, mas representa também elevados custos económicos para os países.
A calculadora pode ser consultada aqui. A nível nacional, a DGS associa-se a um evento que vai decorrer na Escola Nacional de Saúde Pública dia 6 de Fevereiro, com a apresentação dos resultados e próximos passos do projeto Práticas Saudáveis - Fim à Mutilação Genital Feminina. O Dr Tedros Adhanom Ghebreyesus, Diretor-Geral da OMS, reuniu no dia 28 de janeiro com o Presidente da República Popular da China, Xi Jinping, em Pequim para discutir a informação mais recente sobre o surto de 2019-nCoV.
Ambos os lados concordaram que a OMS irá enviar especialistas para trabalhar com as equipas locais de modo a compreender melhor o surto e orientar a resposta global. 30/1/2020 0 Comentários Declaração sobre a segunda reunião do comité de emergência do regulamento sanitário internacional (2005) sobre o 2019-ncovRepresentantes do Ministério de Saúde da República Popular da China reportaram o estado atual do surto e as medidas de saúde pública em execução. Existem atualmente 7711 casos confirmados e 12167 casos suspeitos no país. Entre os casos confirmados, 1370 são graves e houve 170 óbitos, sendo que 124 pessoas já recuperaram e tiveram alta hospitalar.
O Comité concordou que o surto já preenche os critérios para Emergência de Saúde Pública de Âmbito Internacional (PHEIC, de Public Health Emergency of International Concern) e propôs várias recomendações temporárias dirigidas à OMS, à República Popular da China, aos restantes países e à Comunidade Global. O Diretor-Geral da OMS declarou oficialmente que o surto de 2019-nCoV constitui uma PHEIC e aceitou as recomendações temporárias sugeridas pelo Comité. O surto de 2019-nCov continua a crescer, existindo agora 6165 casos confirmados, e 133 óbitos. O Comité de Emergência da Organização Mundial de Saúde foi novamente convocado para reunir quinta-feira, dia 30 de janeiro, com o objectivo de aconselhar o Diretor-geral acerca da decisão de declarar Emergência de Saúde Pública de mbito Internacional.
A John Hopkins desenvolveu uma plataforma onde podem ser consultados os números de casos confirmados, de óbitos e de casos recuperados, bem como a distribuição geográfica dos casos confirmados. Consulte aqui essa plataforma. ![]() Relativamente ao surto de pneumonia pelo novo Coronavírus (2019-nCoV), a decorrer na China, a Direção-Geral da Saúde emitiu uma orientação (002/2020) onde descreve procedimentos a ter, perante a suspeita de um caso desta infeção, de acordo com a fase de contenção da propagação do vírus. Todos os serviços de saúde devem reativar os respetivos Planos de Contingência para infeções emergentes. Atualmente temos 2026 casos confirmados dos quais 3 identificados em França e 56 óbitos. |
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Março 2020
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