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Mundialmente o cancro do colo retal é a 3ª neoplasia mais comum, representando cerca de 10% da totalidade dos casos.
Uma equipa de investigadores do Brasil, Alemanha e Inglaterra mapearam o uso de pesticidas no Brasil entre 2000 e 2012 e compararam esses dados com o número de mortes por cancro colo retal durante o mesmo período. Observaram uma correlação entre a incidência de cancro colo retal e a quantidade de pesticidas vendidos e aplicados no país. Este estudo foi publicado no Chemosphere, podes consulta-lo aqui
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,As desigualdades sociais é uma ciência cada vez melhor estudada e compreendida, e consequentemente, ganha relevância no panorama social, em termos políticos e civis. O desenvolvimento de uma sociedade não depende apenas do seu crescimento económico, mas sim de um conjunto de dimensões que influenciam o bem-estar pessoal e social de um indivíduo e satisfazem as suas expectativas, de acordo com a realidade envolvente. A OCDE, no âmbito da sua “Iniciativa Uma Vida Melhor: Medindo o Bem-Estar e o Progresso” (link) propõe 11 dimensões para analisar o bem-estar nas sociedades contemporâneas, na qual se inclui, naturalmente, a saúde. A redução de desigualdades sociais envolve estratégias multidimensionais, atendendo ao número de fatores que interagem com a população e entre si. Na edição do mês de outubro (link), o jornal Le Monde diplomatique, edição portuguesa, contém uma notícia sobre alguns resultados de uma investigação (QUESQ - Eficiência e Equidade na Construção do Serviço Público: a qualidade do estado social em questão), em curso no Centro de Investigação e Estudos de Sociologia - IUL, focada nas desigualdades do bem-estar em Portugal e na Europa. A agenda de investigação procura responder às seguintes questões:
Em relação às configurações do bem-estar na Europa, verificam-se assimetrias regionais. De acordo com o Le Monde, “os países nórdicos (Suécia, Islândia, Noruega, Dinamarca) e a Suíça apresentam os níveis mais elevados de bem-estar, seguidos da Europa central. Na cauda da Europa, encontram-se sobretudo os países de leste e a Itália. No conjunto de 22 de países da OCDE analisados, Portugal é o 12º com maior volume global de bem-estar.” Em relação às dimensões analisadas, a investigação conclui que “a saúde é a dimensão que mais contribui para o volume global de bem-estar”, enquanto, “por contraste, a participação e governação corresponde à dimensão que menos intervém no bem-estar dos europeus”. Por fim, o nível de bem-estar em Portugal situa-se no “perfil europeu do sul” que inclui países como a Espanha e a França, nos quais “depois da saúde, as dimensões que mais contribuem para as perceções positivas de bem-estar são a segurança e a conciliação entre vida familiar e profissional”. As principais conclusões para explicar as desigualdades em Portugal são as seguintes:
Embora as conclusões estejam de acordo com os resultados esperados, o papel assumido pela saúde é fundamental e reforça a importância de intervenções neste âmbito. Reduzir desigualdades sociais e em saúde é um objetivo em saúde pública, pelo que esta evidência científica pretende reforçar a seleção de estratégias de promoção de saúde, capacitação populacional e adoção de estilos de vida saudáveis, focado nos principais fatores determinantes de saúde. As autoridades de saúde japonesas confirmaram a existência de um surto de rubéola no Japão, tendo sido emitido este mês pelo Centers of Disease Control and Prevention (CDC) o “Alerta Nível 2 – Medidas de Precauções Acrescidas” para os viajantes que se desloquem ao país.
A grande maioria dos casos reportados ocorrem na região de Kanto (Tokyo, Kanagawa, Chiba e Saitama), tendo sido identificados 914 casos nas últimas seis semanas foram , perfazendo um total 1289 só no ano de 2018. Nos anos anteriores 2017,2016 e 2015, foram registados respetivamente 93, 126 e 163 casos. Algumas das medidas de precaução que devem ser valorizadas pelos viajantes incluem garantir antes da viagem, a vacinação contra a doença ou a certeza de imunidade para a doença, e evitar ainda o contacto com pessoas doentes. Mais especificamente, quanto à vacinação (VASPR) contra a rubéola:: - se crianças entre os 6 e 11 meses deverá proceder-se à antecipação da primeira dose da vacina VASPR; - se adultos ou crianças acima de 1 ano de idade dever-se-á assegurar 2 doses da vacina VASPR intercaladas pelo menos por 28 dias; - se mulher grávida (ou com intenção de engravidar), verificar o seu estado vacinal e evitar viajar para o Japão durante a gravidez (especialmente durante as primeiras 20 semanas de gestação), se não estiver imunizada contra a rubéola. O CDC pode emitir 3 níveis de avisos aos viajantes, sendo por ordem crescente de gravidade: - “Watch Level 1” – Medidas de Precaução ordinárias - “Alert Level 2” - Medidas de Precauções Acrescidas - Warning Level 3” – Evicção de Viagens Não Essenciais Para saber mais sobre a doença rubéola. Para aceder ao Alerta Nível 2 emitido pelo CDC a viajantes com destino Japão . 24/10/2018 0 Comentários Dia Mundial da PoliomieliteHoje assinala-se o dia mundial de combate à poliomielite e têm sido várias as referências ao sucesso das vacinas.
A poliomielite, uma infecção viral, que foi em tempos uma das principais causas de morbimortalidade, está agora confinada a algumas áreas endémicas e a sua erradicação à escala global continua a reunir esforços mundiais. Em 1988, teve início um movimento global (Global Polio Erradication Initiative), para assegurar a vacinação de todas as crianças contra a poliomielite. Cerca de 350 000 crianças por ano eram infetadas por esta doença em mais de 125 países. Desde 1988 até 2016, foram vacinadas 2,5 mil milhões de crianças em todo o mundo, tendo-se verificado a redução do número de casos em cerca de 99%. Portugal aderiu à iniciativa de Erradicação da Poliomielite em 1988, comprometendo-se a eliminar a doença e a circulação do vírus no País. Em 1995 iniciou, de acordo com as regras instituídas pela Organização Mundial da Saúde, o Programa Nacional de Erradicação da Poliomielite que além da manutenção de elevadas coberturas vacinais, exige a manutenção de um sistema de vigilância que permita a deteção atempada de casos. O último caso de poliomielite, com paralisia por vírus selvagem, registado em Portugal verificou-se em 1986, e na Europa em 1998. Em 2002, a Organização Mundial de Saúde declarou a região europeia livre de polio. Desde 1988 até 2018 foi feito um grande progresso no combate à Poliomielite, sendo que à data de hoje o vírus é endémico em apenas 3 países. Se quiseres saber mais podes consultar: # Programa Nacional de Erradicação da Poliomielite - Plano de Ação Pós-Eliminação # Mapa interativo da Polio do ECDC 23/10/2018 0 Comentários Vírus Zika em África: Aumento da incidência de defeitos congénitos raros em AngolaA infeção pelo vírus Zika é transmitida pelo mosquito Aedes e por outras vias não transmitidas por vetores (sexual, transfusão e materno-fetal). Clinicamente, a maioria das infeções é assintomática ou produz doença leve com sintomas inespecíficos, como febre, dor de cabeça, artralgia, conjuntivite e maculopapular erupção cutânea. Este vírus foi inicialmente isolado de macaco (de um estudo de febre amarela) na floresta Zika em Uganda. Nas décadas seguintes, o vírus foi detetado e isolado de mosquitos e em amostras humanas na África e na Ásia. Existem duas principais linhagens do vírus Zika, a africana (representada pelo primeiro isolado, a linhagem MR766) e a linhagem asiática. O vírus Zika era considerado uma doença relativamente benigna transmitida por flavivírus até que uma epidemia na Micronésia (Ilha de Yap) em 2007 e depois na Polinésia Francesa entre 2013-2014, marcaram um turnover da doença, com expansão do seu potencial epidémico, virulência e distribuição geográfica, associados a estirpes pertencentes à linhagem asiática. Desde 2015, houve um grande surto do vírus Zika nas Américas, com projeção mundial e enorme impacto epidemiológico no Brasil, onde provavelmente foi introduzido em 2013. Desde então, várias complicações neurológicas têm sido associadas à infeção pelo vírus Zika, incluindo a Síndrome de Guillain-Barré e a Síndrome congénita do Zika em infeções transmitidas verticalmente. A infeção pelo vírus Zika durante a gravidez pode causar microcefalia e outras anormalidades cerebrais fetais graves, como calcificações intracranianas e lesões oculares. De acordo com o relatório do Registro de Gravidez do Zika dos EUA, entre todas as gestações com evidências laboratoriais de possível infecção pelo vírus Zika, a incidência de defeitos congénitos em fetos ou bebés foi de 5% e quase todos (89%) relacionados a anormalidades cerebrais e/ou microcefalia. Noutro relatório recente dos territórios franceses das Américas, que incluiu apenas gestantes sintomáticas com infeção pelo vírus Zika, a incidência em fetos e bebés com defeitos congénitos e microcefalia em geral foi de 7% e 5,8%, respectivamente. Incidências mais altas de defeitos congénitos (8 % e 12,7%) também foram detetados quando a infeção pelo vírus Zika ocorre durante o primeiro trimestre da gravidez. Em África, casos recentes de Zika transmitida por mosquitos têm sido reportados em Cabo Verde, Guiné-Bissau e Angola. Uma estirpe de Zika foi identificada em Cabo Verde (linhagem asiática) e na Guiné-Bissau (linhagem africana). Em Angola, a estirpe do vírus ainda não foi identificada e, recentemente, registou-se um aumento na incidência de microcefalia congênita, principalmente no sul da região de Luanda. Este aumento pode ser importante devido à potencial propagação do vírus Zika de Angola para outros países da África continental. Entre Fevereiro de 2017 e Maio de 2018, nasceram em Angola, 72 bebés com microcefalia, provavelmente vítimas do emergente surto de Zika nesse país.
Os casos não foram amplamente divulgados, mas um relatório interno da Organização Mundial de Saúde analisado pela Reuters concluiu em abril que a confirmação de dois casos de uma estirpe potencialmente perigosa de Zika do início de 2017, junto com os casos de microcefalia identificados desde então, fornecem "fortes evidências" de um cluster de microcefalia ligado ao Zika em Angola. O surto angolano acontece num momento em as atenções para o vírus do Zika têm diminuído, pois já passaram cerca de dois anos e meio desde a declaração de emergência de saúde global contra o vírus Zika em Fevereiro de 2016, durante a epidemia que atingiu a América do Sul, principalmente o Brasil, e desde então já foram gastos cerca de 1 bilião de dólares de fundos dos EUA para combater a doença. É necessário prestar atenção a estes novos desenvolvidos relativos a este tema e manter o investimento para garantir a melhor proteção das mulheres e bebés de todo o mundo. Para mais informações, clica aqui. Muito tem sido o trabalho desenvolvido numa tentativa de controlar e resolver o atual surto de doença por vírus Ébola na República Democrática do Congo. Sendo esta uma das zonas atualmente mais conflituosas do planeta, onde escasseiam recursos, o fluxo migratório é elevado e a tentativa de localizar contactos de doentes infectados se tem tornado cada vez mais complexa, constata-se agora que o atual surto tem algo particularmente diferente dos anteriores: existe um número desproporcionalmente mais elevado de crianças com idade inferior a 16 anos infectadas, contribuindo já para 60% dos casos notificados.
São várias as possíveis explicações para este facto, sendo que a infecção cruzada parece a mais provável. Nesta altura do ano, é normal o aumento de casos de Malária, doença que afeta em especial a idade pediátrica; derivado desta suscetibilidade, ocorre concomitantemente uma maior procura por cuidados assistenciais. Caso um profissional de saúde tenha estado em contacto com um doente infetado mas cujo diagnóstico seja desconhecido, pode ocorrer a transmissão nosocomial do vírus, contribuindo para a disseminação da doença. Para mais informações, clica aqui. 19/10/2018 0 Comentários Portugal será o 5º país com maior esperança de vida em 2040 - Previsões Global Burden of DiseasesCom os dados do estudo Global Burden of Diseases 2016 (GBD), investigadores do Institute for Health Metrics and Evaluation calcularam as projeções de 250 causas de morte para 2040. O modelo usado permitiu o cálculo da mortalidade por todas as causas por grupo etário e sexo, esperança média de vida e anos de vida perdidos (AVP). Foram calculados o melhor e o pior cenários a partir de estimativas de mortalidade e AVP por cada fator de risco. Das 250 causas estudadas, os resultados em 2040 foram melhores relativamente aos dados de 2016, sendo que apenas 36 teriam um pior desempenho. Globalmente, previu-se que a esperança média de vida (EMV) aumentará em média 4,4 anos em ambos os sexos. As doenças não comunicáveis corresponderão à maioria da proporção de AVP (67,3%), traduzindo um aumento nos países de alto rendimento económico no período estudado, o que não se mostra surpreendente. Em contrapartida, as causas transmissíveis, maternas, neonatais e relacionadas com a nutrição continuarão a ser a prioridade de saúde mais proeminente nos países de baixo rendimento económico incluídos no GBD. Espanha será o país com maior EMV, ultrapassando o Japão, Singapura e a Suíça nos países com EMV superior a 85 anos em ambos os sexos. Portugal ocupará a quinta posição neste indicador. Apesar da evolução positiva constante nos cuidados de saúde prestados e no seu acesso, alguns resultados em saúde poderão piorar nas próximas décadas na ausência de intervenção. Para métodos, resultados completos e reflexões consulte: http://www.healthdata.org/research-article/forecasting-life-expectancy-years-life-lost-and-all-cause-and-cause-specific No dia 17 de outubro, decorreu a reunião da Comissão de Emergência da Organização Mundial da Saúde em Genebra, devido ao surto de doença pelo vírus Ébola na República Democrática do Congo. A reunião teve como grande objetivo avaliar a situação atual do surto e não declarar, pelo menos para já, o problema como emergência internacional em saúde pública (Public Health Emergency of International Concern – PHEIC). Contudo, a comissão mantém uma vigilância apertada da evolução do surto, e enfatiza a necessidade em respostas integradas e atividades de controlo de transmissão da infeção.
O surto provado pelo vírus Ébola, entre 4 de maio e 15 de outubro de 2018, consiste em 216 casos notificados, dos quais 181 confirmados e 25 prováveis. Resultou em 139 mortes (104 casos confirmados e 35 casos prováveis), que se traduz numa letalidade de 64%, e de 57% entre os casos confirmados. Os países vizinhos, nomeadamente, Uganda, Rwanda, Burundi e Sudão do Sul, encontram-se sob alerta pelo elevado risco de transmissão e contágio da infeção e já se encontram capacitados, tanto a nível de equipamentos como recursos humanos. As conclusões retiradas pela Comissão de Emergência encontram-se disponíveis no site da OMS, sendo de destacar a zona de conflito onde se localiza o epicentro do surto, as barreiras culturais das comunidades que diminuem a efetividade das medidas de controlo e o acesso aos cuidados de saúde e, ainda, a vacinação após pesquisa ativa de contactos, casos novos sem qualquer link epidemiológico identificado, e um risco elevado de transmissão regional e nacional, mas não a nível global. 15/10/2018 0 Comentários FDA Aprova Expansão do Uso da Vacina anti-HPV Gardasil-9 para Indivíduos dos 27 aos 45 anosA recomendação do uso da vacina nonavalente contra o Papilomavírus Humano (HPV), Gardasil-9, foi expandida este mês pela FDA, passando agora a estar recomendada também a indivíduos dos 27 aos 45 anos de idade.
Segundo o Professor Doutor Peter Marks, diretor do Center for Biologics Evaluation and Research da FDA, esta aprovação representa uma oportunidade importante na ajuda à prevenção das doenças relacionadas com o HPV num maior intervalo de idades. Segundo o CDC, a vacinação contra o HPV antes de qualquer contacto com o vírus poderá prevenir o aparecimento de mais de 90% dos cancros. Um novo estudo que seguiu cerca de 3.200 mulheres, dos 27 anos 45 anos, durante uma média de 3,5 anos concluiu que a vacinação com a Gardasil-9 terá tido 88% de eficácia na prevenção de várias situações patológicas associadas com o vírus, tais como verrugas genitais, lesões pré-cancerosas da vulva, vagina e cólo do útero, e cancro do cólo do útero relacionado com os subtipos de vírus cobertos pela vacina. Terão sido estes dados a dar o mote para esta nova decisão da FDA. Sabe mais aqui. No dia 9 de outubro foi divulgada em Espanha, a deteção de dois casos autóctones de dengue em Múrcia e Cádis (Sul de Espanha), todos eles provenientes da mesma família. Consta que terão contraído a doença após um período de férias nas províncias referidas, podendo existir um terceiro caso, ainda por confirmar.
(Aceder à notícia original, aqui e ProMed) O Dengue transmite-se através da picada do mosquito do género Aedes, principalmente Aedes aegypti e Aedes albopictus. Estes mosquitos são responsáveis por outras arboviroses, sendo vetores por exemplo do vírus zika, do vírus chikungunya e do vírus da febre amarela. O mosquito Aedes albopictus, também conhecido por mosquito tigre, foi identificado em agosto em dois municípios das regiões sul e oeste da Estremadura espanhola, devido à investigação que decorre na Universidade da Extremadura, intitulada “Vigilância do mosquito tigre e análise da possível circulação do vírus do Nilo ocidental na Extremadura”. (Aceder à notícia original, aqui) A deteção deste mosquito na Europa tem sido feita nos últimos anos, estando presente para além de Espanha em: França, Itália, Alemanha, Bélgica, Holanda, República Checa, Suíça e Balcãs. A proximidade fronteiriça da região oeste da Estremadura espanhola com os territórios dos distritos portugueses de Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja, poderá ser um motivo para reforçar a vigilância de vetores nessas áreas, através da Rede de Vigilância de Vetores (REVIVE) do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. |
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