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Investigações recentes revelaram que, em algumas regiões rurais ao longo da costa este do Bangladesh, ocorre um número de abortos superior ao que seria expectável e que, a motivar tais números, poderão estar as alterações climáticas.
São vários os fatores que poderão contribuir para estas diferenças:
Uma das mais interessantes conclusões destes estudos, e que foram recentemente noticiados pela BBC News, é o facto de se verificar que, em zonas mais distantes da costa, ocorrem menos abortos (tome-se o exemplo de Chakaria, região litoral do país, onde 11% das gravidezes terminam em aborto enquanto que, em Matlab, no interior, são 8% das gravidezes as que têm o mesmo desfecho). Também na região costeira chega o consumo de sal diário ao valor de 16g/dia, em parte devido ao consumo de água altamente salinizada, valor três vezes mais alto que o das regiões do interior do país e três vezes acima dos valores recomendados pela OMS. Este é apenas mais um exemplo dos subtis efeitos que as alterações climáticas podem trazer à saúde humana.
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A RDC está neste momento a atravessar o que é já considerado o pior surto de Ébola a abater-se sobre o país desde que há registo. O ministério da saúde congolês afirma existirem até ao momento 346 casos confirmados, incluindo 175 mortes.
Esta semana a OMS publicou uma atualização que veio exacerbar o negrume da situação, reportando 36 novos casos confirmados, incluindo 7 em crianças recém-nascidas e com menos de 2 anos de idade, 6 em crianças entre os 2 e os 17 anos, e um numa mulher grávida. Apesar de haver registos de casos de Ébola em crianças, estes são usualmente de ocorrência rara, e suspeita-se que ocorram por transmissão via leite materno ou por contacto próximo com familiares infetados. Sabe mais aqui. 22/11/2018 0 Comentários Surtos de Sarampo em PortugalFoi ontem comunicado pela Directora-Geral da Saúde, Dra. Graça Freitas, a ocorrência de dois novos surtos de sarampo em Portugal, existindo até à data, 14 casos, 10 dos quais confirmados.
No seu comunicado, a Directora-Geral informa sobre o modo de transmissão do vírus, sobre os sintomas a ter em atenção, e sobre a importância do esclarecimento quanto ao estado vacinal, e respectiva actualização. Ressalva-se o aconselhamento do uso da linha SNS 24 no caso de suspeita de doença, medida essa muito importante no controlo da propagação da doença. Estes surtos vêm no seguimento do que tem decorrido em vários pontos da Europa, onde doenças outrora controladas, ou até eliminadas, estão a reemergir, fruto das coberturas vacinais reduzidas. É nesta altura de crise que a importância da vacinação deve ser reforçada, uma vez que as pessoas estão mais conscientes e alertadas em relação ao real perigo da doença, e às consequências da não vacinação. O comunicado oficial pode ser consultado aqui. 21/11/2018 0 Comentários Investigação precisa-se.Um novo artigo da Access to Medicines Foundation revela que a maioria (63%) dos Projetos de Investigação e Desenvolvimento (R&D) em áreas prioritárias da saúde estão a ser levadas a cabo por apenas 5 empresas, focando-se principalmente em cinco doenças: malária, HIV/SIDA, tuberculose, doença de chagas e leishmaniose. Apesar da importância destas doenças nos países de baixos e médios rendimentos, ficam ainda muitas áreas por investigar.
O gráfico seguinte, extraído do artigo, releva a interessante distribuição dos projetos de R&D para as doenças, condições ou agentes que foram identificados como prioritários e respetivas áreas de intervenção. A U.S. Food and Drug Administration (FDA) aprovou o antibiótico rifamicina (via oral) para o tratamento de diarreia do viajante em adultos causada por estirpes de E.coli não invasivas. Este fármaco, inibidor da RNA-polimerase, está indicado na diarreia não complicada, sem sangue nas fezes ou febre. (Artigo Completo)
A diarreia do viajante (3 ou mais dejeções de fezes moles em 24 horas) é a doença mais frequente nos viajantes, estimando-se que afete 10 a 40% dos viajantes em todo o mundo anualmente. As regiões associadas a um maior risco de desenvolver a doença são a Ásia, Médio Oriente, África, México, América Central e América do Sul. A rifamicina pertence à classe de antibióticos “Rifamicinas”, tendo como derivados a rifampicina, a rifaximina, entre outros. Administrada por via oral, é absorvida no colon e não afeta a flora bacteriana no trato gastrointestinal superior. Foi realizado um ensaio clínico em 264 viajantes adultos com diarreia do viajante no Guatemala e México, sendo demonstrada a eficácia da rifamicina na redução significativa dos sintomas comparada com o placebo. A segurança do fármaco (via oral) foi testada através de dois ensaios clínicos em que participaram 620 adultos com diarreia do viajante. As reações adversas mais comuns reportadas foram obstipação e cefaleia. A rifamicina não é efetiva em diarreias complicadas, não sendo aconselhável a sua utilização como tratamento nessas situações. Este fármaco não é comercializado em Portugal na sua forma oral. 19/11/2018 0 Comentários A maioria da população mundial com menos de 15 anos respira ar poluído diariamenteEm 2016, Organização Mundial de Saúde estima que 600.000 mortes ocorreram em crianças por infeções respiratórias agudas inferiores causadas por inalação de poluentes atmosféricos.
A preocupação surge sobretudo em países de baixo e médio rendimento económico onde diariamente 1,8 triliões de crianças (<15 anos) respiram ar poluído, quer de fonte ambiental exterior como do ambiente interior. A exposição ocorre tão precocemente quanto na gravidez, com implicações no desenvolvimento neurocognitivo, como fator predisponente de asma e doença neoplásica em idades precoces e fator de risco acrescido para doença crónica cardiovascular na idade adulta. A exposição a poluentes de origem atmosférica e do ambiente interior foram discutidos na primeira Conferência Global de Poluição do Ar e Saúde realizada em Genebra entre o dia 30 de outubro e 1 de novembro, marcando na agenda da Assembleia Mundial da Saúde a prioridade para o fator de risco mais significativo de morte prematura atualmente. Após o diagnóstico de situação mundial, estratégias locais através de políticas que abrangem o setor dos transportes, a energia, a agricultura e os resíduos permitem juntamente com o planeamento urbano e a educação da população, a criação de cidades saudáveis adaptadas às características geodemográficas, culturais e sociais próprias. 15/11/2018 0 Comentários Dia Mundial da DiabetesCelebrou-se ontem o dia mundial da Diabetes, a qual, segundo os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde afeta 422 milhões de adultos e prevê-se que a prevalência continue a aumentar caso as tendências atuais se mantenham. A Diabetes é uma das principais causas de morte prematura, cegueira, insuficiência renal, enfarte agudo do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais e amputação de membros. Em 2016, foi a sétima causa principal de morte.
Para assinalar este dia, a Divisão de Saúde Sexual, Reprodutiva, Infantil e Juvenil da Direção-Geral da Saúde associou-se a esta campanha para relembrar alguns aspetos chave da Diabetes Gestacional (DG):
O Paquistão lançará na segunda-feira, 19 de novembro de 2018, uma campanha nacional para vacinar contra a Poliomielite 21.3 milhões de crianças com menos de 5 anos de idade.
Como é sabido, conjuntamente com o Afeganistão e a Nigéria, o Paquistão é um dos países onde a Poliomielite é endémica. Para mais informações segue este link. Um estudo do European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC), publicado no Lancet Infectious Diseases journal, coloca Portugal em 4º lugar em relação à carga de doença atribuível às infecções resistentes aos antibióticos. Nesta lista de 31 países, apenas Itália, Grécia e Roménia, estão à nossa frente.
Para além da carga de doença associada às infeções resistentes aos carbapenemos e bactérias resistentes à colistina, Portugal teve elevada carga de doença associada a infeções por MRSA. No artigo também é referido que os valores são mais elevados relativamente aos dados publicados em 2007 e que estes números têm aumentado constantemente, o que gera preocupação . A carga da doença foi calculada com base no número de casos, mortes atribuíveis e anos de vida ajustados por incapacidade, DALY's. Estas estimativas baseiam-se em dados de 2015 da Rede Europeia de Vigilância da Resistência Antimicrobiana. O estudo estima que, por ano, cerca de 33 110 pessoas morrem como consequência direta de uma infecção causada por bactérias resistentes a antibióticos. Outros números interessantes no artigo são que:
Apesar deste estudo não analisar todas as resistências, os dados permitem sustentar a afirmação que a redução destas IACS através de medidas adequadas de prevenção e controlo de infecções, bem como a prescrição adequada de antibióticos, pode ser um objetivo alcançável nos serviços de saúde. Para saberes mais consulta o artigo. 12/11/2018 0 Comentários Global Burden of Disease Study 2017O Institute of Health Metrics and Evaluation, publicou no dia 8 de novembro, o Global Burden of Disease Study 2017 (GBD 2017), onde se encontra estimado a mais recente informação sobre o estado de saúde global, nomeadamente, a carga de doença e fatores de risco para 195 países e territórios, e ao nível subnacional para alguns países.
O estudo é coordenado pelo Institute of Health Metrics and Evaluation da Universidade de Washington, em Seattle (EUA), e envolve mais de 2.500 colaboradores de mais de 130 países e territórios. A publicação reúne enorme quantidade de informação, sendo a mais aceite na comunidade científica na determinação das tendências de saúde a nível global. Desta forma, é um documento fundamental na definição de políticas de saúde, uma vez que serve de diagnóstico atual do estado de saúde. Desde a primeira publicação, cada atualização revela maior qualidade e quantidade na informação disponibilizada. Até então, cada publicação mostrava um mundo cada vez mais saudável, contudo, na edição deste ano, há um sinal de alarme relacionado com o conflito e terrorismo, que se tornou na segunda causa de morte em crescimento mais rápida (118% entre 2007 e 2017). Para além disso, acentuam-se algumas epidemias que caracterizam o estado de saúde global: dependência de substâncias ilícitas, doenças não comunicáveis, depressão e febre do dengue. Assim, embora a saúde global tenha melhorado vários indicadores de saúde nos últimos anos, verificam-se tendências negativas de doenças e fatores de risco que se acentuam ao longo do tempo e, ainda mais alarmante, condições de violência provocada por disrupções sociais e estruturas criminosas, que nos últimos 10 anos assumiram um papel mais significativo no mundo, infelizmente. Encontra-se aqui o link para a página interativa do GBD 2017. |
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