Uma recente publicação da Lancet - Infectious Diseases ​alerta para o impacto que a crise económica dos últimos 10 anos, e especialmente a crise humanitária que hoje se vive na Venezuela, tem tido no aumento das Doenças Vetoriais quer dentro do país, quer nos países vizinhos. Entre 2000 e 2015 verificou-se um aumento de aproximadamente 350% no número de casos de Malária, seguido de um aumento de 71% entre 2016 e 2017. Também os casos importados de malária para Brasil têm sofrido aumentos na ordem dos 50% entre 2014 e 2017. Para além desta, também a Doença de Chagas, Chikungunya e Dengue figuram como doenças que têm sofrido um aumento exponencial nos últimos anos. 

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No passado domingo, no distrito de Katwa, República Democrática do Congo, um grupo de atacantes incendiou um centro de tratamento para Ebola, matando um cuidador e ferido outro, afirma o New York Times.
Neste centro, gerido pelos Médicos Sem Fronteiras, encontram-se internados 10 doentes, 4 casos confirmados e 6 suspeitos. Entretanto os doentes já foram transferidos para outros centros e encontram-se em segurança, juntamente com o restante staff.
Segundo esta organização os atacantes atiraram pedras às instalações e depois incenderiam partes da mesma, para além de destruirem todo o equipamento presente.
Relembramos que estão não são os primeiros ataques dirigidos às equipas de saúde presentes no país. Em Outubro de 2018, 2 cuidadores foram abatidos por rebeldes na região do Beni.

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Foi hoje divulgado o Euro Health Consumer Index 2018.  Este ‘ranking’, elaborado anualmente pela organização Health Consumer Powerhouse, classifica 35 serviços nacionais de saúde europeus com base em indicadores como direitos dos utentes e acesso à informação, acessibilidade aos cuidados de saúde, outcomes, diversidade e abrangência dos serviços prestados, prevenção e produtos farmacêuticos. 

Apesar dos critérios mais "apertados" de 2018, Portugal conseguiu uma maior pontuação face a 2017, ficando em 13.º lugar.

Foram apontados como fatores a melhorar:

• acessibilidade aos cuidados de saúde primários;
• infeções hospitalares multiresistentes.

Podem consultar o relatório na íntegra AQUI




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Pelo menos 922 crianças e jovens adultos morreram com sarampo em Madagáscar desde outubro, apesar de um programa de vacinação de emergência, reportou a OMS no passado dia 14 de fevereiro.

Apesar de serem estes os números oficiais, crê-se que estejam largamente incompletos, tais como os números relativos ao nº total de infeções, que está nas 66,000.

As causas apontadas devem-se à extrema pobreza do país, que em 2017 via apenas 57% da sua população vacinada contra o vírus, e apresenta uma prevalência de má nutrição infantil na ordem dos 47%.

As autoridades malgaxes planeiam iniciar um programa de vacinação de rotina com 2 doses no fim do ano.

Os gastos em saúde estão a aumentar de forma mais rápida, relativamente ao resto da economia global. Um novo trabalho publicado pela OMS, verificou uma tendência no aumento dos gastos em saúde a nível global, tendo uma maior expressão nos países de baixo e médio rendimento, com um crescimento anual de 6%, em relação aos países de elevado rendimento, com um crescimento anual de 4%.

Em média, 51% destes gastos, provêm do financiamento dos governos dos diversos países, sendo que mais de 35% dos gastos são out-of-pocket. Esta situação leva a que, anualmente, 100 milhões de pessoas caiam na pobreza extrema. No entanto, este tipo de pagamento tem vindo a diminuir nos últimos anos.

Os países de baixo e médio rendimento estão a gastar mais de metade do seu orçamento para a saúde em cuidados de saúde primários, sendo que menos de 40% destes gastos provém dos governos.

Quanto às ajudas externas, este tipo de financiamento diminui para menos de 1% a nível global. Deste, quase metade é direccionado para três doenças: VIH/SIDA, tuberculose e malária.

O trabalho conclui que se continua a gastar demasiado dinheiro out-of-pocket em saúde.

O relatório pode ser consultado aqui.

Se, por um lado, se pode celebrar o facto de se ter atingido o recorde de imunizados contra o vírus do Sarampo na Região Europeia da OMS, por outro, há que relembrar que também se atingiram recordes no número de doentes com esta doença, na mesma região.

O Sarampo ocasionou a morte de 72 indivíduos na Região Europeia da OMS em 2018. De acordo com a mesma fonte de dados, foram 82.596 os indivíduos acometidos por esta patologia (61% destes necessitaram de internamento), que afetou 47 dos 53 países da região. Foram os valores mais elevados da década, tendo triplicando face a 2017 (relembre-se que o valor de 2016 era 15 vezes inferior ao de 2018). 

No entanto, atente-se também que a cobertura vacinal para a VASPR2 atingiu, pela primeira vez, o valor de 90% em 2017, o qual, apesar de ser um recordo, continua abaixo do necessário para garantir o efeito de imunidade de grupo. 

2018 demonstrou que o ritmo atual de vacinação, apesar de todos os esforços, é insuficiente para interromper a cadeia de transmissão de Sarampo e maiores esforços devem convergir para que se esta tragédia (prevenível), não volte a atacar a Europa. 


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Passa mais um dia de S. Valentim, mas os relatórios que revelam que a violência no namoro ainda é um problema mantêm-se.

Desta vez é o Estudo Nacional sobre a Violência no Namoro 2019, realizado pela UMAR, com o apoio da Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade (SECI) que mostra que 58% de jovens que namoram ou já namoraram reportam já ter sofrido pelo menos uma forma de violência por parte do atual ou ex-companheiro/a.

Além disso, os dados da investigação indicam também que 67% de jovens consideram como natural algum dos comportamentos de violência, revela a SECI em comunicado.

Para combater a violência no namoro, o Estado, através da Secretaria de Estado para a Cidadania e a Igualdade, lançou esta quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019, data em que se celebra o Dia dos Namorados, uma nova campanha sob a hashtag #NamorarMemeASério.

A esta campanha associaram-se várias figuras públicas e influencers, como Alice Trewinnard, Cátia Domingues, Diogo Faro, Carolina Torres, Maria Seixas Correia e Mariana Monteiro.

#NamorarMemeASério é ainda lançada em conjunto com associações e federações académicas e várias ONG e entidades que trabalham e intervêm na área dos direitos humanos e das mulheres, entre as quais a Corações Com Coroa (CCC), a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), a Associação para o Planeamento da Família (APF), o Graal – Associação de Carácter Social e Cultural, o HeForShe Portugal, o Movimento Democrático de Mulheres (MDM), a Associação Plano I, a União das Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) e a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG).

Lembramos que este é um problema identificado e priorizado em diversos Planos Locais de Saúde por todo o país.

A violência é crime público. Denunciar é uma responsabilidade coletiva. Ligue 800 202 148.

​De dezembro a maio, o Brasil está em período sazonal da febre amarela. Nos últimos dois períodos, o número de casos cresceu em número e deslocou-se para sudeste, em áreas ao longo da costa antes consideradas livres de risco.
 
Entre dezembro de 2018 a janeiro de 2019, há 361 casos confirmados em humanos, incluindo oito mortes e em 11 municípios de dois estados do Brasil. 
 
Embora ainda sem previsões sobre se este ano será de dimensões semelhantes aos anteriores, há indicadores de que a transmissão do vírus continua em direção ao sul do Brasil e em áreas com baixa imunidade populacional.
 
A Organização Mundial da Saúde recomenda a vacinação a viajantes para o Brasil com mais de nove meses de idade. 
 

​Distribuição dos casos confirmados de febre amarela em humanos no Brasil pela data de início de sintomas entre 2016-2019

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Com o tema The Future of Food Safety: Transforming knowledge into action for people, economies and the environment, a primeira conferência co-organizada pela FAO/WHO/AU pretende reunir líderes políticos, cientistas, consumidores e outros parceiros da área da Saúde e Agricultura, na discussão da agenda global para a segurança alimentar.
 
Com vista ao alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável 2030 e no alinhamento da Decade of Action on Nutrition das Nações Unidas, torna-se necessária a definição conjunta das estratégias que permitirão incrementar a sustentabilidade dos sistemas alimentares atuais, bem como mitigar o impacto das alterações climáticas nestes.
 
A abordagem transetorial reforça o papel participativo de todos os atores da sociedade na concretização dos objetivos globais em segurança alimentar, procurando enfocar os que desproporcionalmente são mais afetados - grupos vulneráveis e marginalizados.

O evento precede o International Forum on Food Safety and Trade, organizado pela FAO, WHO e WTO, que decorrerá em abril em Genebra.