Não deixa de ser irónico que 1 dia depois de noticiarmos mais um surto de cólera no continente africano, os ministros da Região África da Organização Mundial de Saúde tenham comprometido com o fim de surtos de cólera até 2030. Relembramos que a Argélia pertence à Região Mediterrâneo Oriental.

Assim, a 28 de Agosto de 2018, em Dakar, os 47 países presentes na 68.ª sessão do Comité da Região África da Organização Mundial de Saúde assinaram um quadro regional para implementação de uma estratégia global para prevenção e controlo de cólera.

Relembramos que a cólera ainda é um problema nesta região. Em 2017 contaram-se mais 150.000 casos de casos, incluindo 3.000 mortes, em 17 países. Em 2018 é esperado um agravamento da situação, uma vez, actualmente 8 países têm surtos activos.

Para mais informações segue este link.

Tal como noticiado pelo ECDC, está ativo um surto de cólera que já afetou mais de 160 indivíduos e causou 2 mortos, em várias regiões da Argélia.
Para prevenir que a doença alastre e que se verifiquem mais casos, os residentes e viajantes para as zonas afetadas devem tomar as medidas preventivas consideradas mais eficazes, das quais se destacam a vacinação e boas práticas de higiene.
Relembramos que esta é uma doença altamente contagiosa, transmitida a partir de alimentos e água contaminados. Os sintomas típicos desenvolvem-se até cinco dias após a infeção e incluem diarreia aquosa e vómitos.
Apesar do risco do surto se alastrar para o nosso país ser considerado baixo, numa altura de forte turismo, não se pode excluir a possibilidade de virem a existir casos.

Para assinalar a Semana Europeia do Desporto, que este ano se celebra entre os dias 23 e 30 de Setembro, a IPDJ, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa e a Associação de Atletismo de Lisboa, está a organizar a #BEACTIVE Night Run Lisboa, a realizar no próximo dia 29 de Setembro.

Este evento conta com 3 provas no seu programa; 8km de carácter competitivo, uma prova de 5km participativo onde se pode correr ou caminhar, e ainda provas jovens. 

O objetivo fundamental do evento é a promoção dos benefícios da prática regular de desporto e atividade física para todos.

As inscrições são gratuitas. Sabe mais aqui.

No ano em que se comemora os 70 anos de existência do National Health Service (NHS), o Office of Health Economics (OHE) publicou um trabalho sobre os 10 fármacos, ou grupos de fármacos, que tiveram maior impacto no desenvolvimento da economia da saúde no Reino Unido.

De uma extensa lista de candidatos, foram selecionados os seguintes:

• Clorpromazina
• Vacina contra a poliomielite
• Contraceptivos orais
• Penicilinas de 2ª a 4ª Geração
• Beta bloqueantes
• Agonistas beta 2
• Tamoxifeno
• Imunosupressores
• Anti-retrovirais VIH/SIDA
  
• VASPR

 
A escolha dos fármacos foi feita através de inquéritos a diversos especialistas na área da saúde, tendo as escolhas sido feita não só através da avaliação das melhorias na saúde que estes fármacos proporcionaram, mas também com a inovação que trouxeram aquando a sua introdução no mercado, melhoria da qualidade de vida que o seu uso proporcionou, e melhoria dos custos económicos directos e indirectos decorrentes da alteração da história natural da doença.
O documento pode ser consultado na seguinte página do OHE.

No primeiro semestre de 2018 registaram-se, na região Europa da Organização Mundial de Saúde (OMS Europa), mais de 41 000 casos de sarampo. Este valor, muito superior ao número de casos ocorridos em qualquer ano da última década, é já cerca do dobro do número de casos identificados durante todo o ano de 2017.
Para este cenário  contribuíram sobretudo os mais de 1000 casos registados em 7 países da região, incluindo França, Grécia e Itália. Particularmente afectada tem sido a Ucrânia, que registou mais de 23 000 infeções nos primeiros seis meses do ano.
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De acordo com o documento da European Regional Verification Commission for Measles and Rubella Elimination publicado ontem, 43 dos 53 Estados-Membros da OMS Europa interromperam a transmissão endémica de sarampo. De assinalar que tanto a Alemanha como a Rússia, países em que a transmissão do vírus do sarampo tinha sido interrompida em 2016, foram considerados países endémicos em 2017.
Ainda no mesmo documento é expressa a preocupação da Comissão relativamente à desadequada vigilância epidemiológica e baixa cobertura vacinal em alguns países da região, colocando em risco o atingimento do objetivo de eliminação do sarampo até 2020.

20 de agosto é o dia mundial do mosquito. Nós, na Saúde + Pública, decidimos comemorar este dia com a partilha da comunicação rápida da Eurosurveillance no passado dia 9 de agosto de 2018. Nesta publicação é noticiado a antecipação da época de transmissão da febre do Nilo Ocidental. Até à semana de 3 de agosto de 2018 foram reportados 168 casos, contra o 25 casos em igual período de 2017. Tradicionalmente a época de transmissão extende-se entre julho e outubro.

Relembramos que na Europa existem 12 espécies de mosquitos dos géneros Culex e Aedes capazes de serem vectores para esta doença. Dos quais destacamos Ae. albopictus, Ae. caspius, Ae. detritus, Cx. modestus e Cx. pipiens, uma vez que apenas para estas espécies está quantificado a taxa de transmissão.

Sigam a comunicação rápida da Eurosurveillance e esta revisão sobre a competência dos vectores europeus.

Os desenvolvimentos tecnológicos têm um impacto enorme na saúde e em ínumeros tratamentos. Desta feita, são reportados avanços relevantes no tratamento de fobias através do uso da realidade aumentada. O caso particular das vertigens conhece um capítulo de sucesso na reabilitação de doentes a partir de uma empresa de Oxford (EUA), fazendo uso de um terapeuta "virtual" chamado NIC (Now I Can).

Esta poderá ser uma nova forma de expôr as pessoas às suas fobias, num ambiente devidamente controlado, auxiliando assim os médicos no tratamento de algumas destas patologias. Os doentes submetidos ao tratamento reportam uma redução relevante do medo de alturas, abrindo perspetivas risonhas à expansão deste tipo de terapias.

Aqui fica um artigo interessante sobre o tema que podem aprofundar, assim como o link para a notícia original.

O surto de Ébola decretado no início deste mês, na República Democrática do Congo, continua em evolução, sendo já considerado como uma das maiores ameaças desde o surto de 2014/2015.

Tal como reportado anteriormente, este surto tem particularidades importantes como ser o local de acolhimento de cerca de 1 milhão de refugiados, ser a província com maior número de habitantes (aproximadamente 8 milhões), estar próximo da região fronteiriça com o Uganda e Ruanda e, mais importante, ser uma zona de conflito armado. Este último, dificulta particularmente a atuação das equipas destacadas para conter a infeção: não estando asseguradas as condições de segurança para estas equipas irem ao terreno, receia-se agora que os casos de Ébola e contactos desses casos não possam ser localizados, nem se possa dar continuidade aos estudos que estavam a ser efetuados (especialmente na área da vacinação e da fisiopatologia), permitindo que a infeção alastre.

A análise genética do vírus do Ébola já confirmou que os dois surtos mais recentes que afetaram a República Democrática do Congo, apesar de causados pelo mesmo agente, Zaire ebolavirus, não estão relacionados. Os dados mais recentes apontam para 90 casos e 49 óbitos, valores que continuam a aumentar de dia para dia. Apesar de se começar a pensar em negociar com os grupos armados para cessar fogo para que se possa prestar ajuda humanitária, ainda não houve tentativa de diálogo.

Para mais informações, clica aqui.

O Programa Nacional de Erradicação de Poliomielite é avaliado anualmente pela Comissão para a Certificação da Erradicação da Poliomielite da Região Europeia da OMS.

Após a 32ª reunião anual ocorrida em 2018, na qual foram avaliados os relatórios dos países da Região Europeia referentes ao ano 2017, em Portugal e em toda a Região não ocorreram casos de transmissão do vírus, pelo que existe baixo risco de importação de casos de poliomielite.

O esforço de todos os profissionais em garantir a operacionalização do programa nacional dirigido, sobretudo através do cumprimento do esquema vacinal, contribui significativamente para a manutenção da eliminação da poliomielite no país. Contudo, é fundamental manter uma vigilância rigorosa e um estado de alerta perante qualquer situação.

Uma equipa de investigadores da Universidade de Toledo, nos EUA, publicou recentemente na revista Scientific Reports um estudo que finalmente explica o mecanismo celular subjacente à já conhecida associação entre a exposição à luz azul e a morte celular de fotorreceptores da retina.

Existem dois cromóforos (parte ou conjunto de átomos de uma molécula responsáveis pela sua cor), 11-cis-retinal, e o seu produto, all-trans retinal, que quando estimulados pela luz azul distorcem de forma irreversível os fosfolípido de membrana fosfatidilnositol 4,5 bifosfato, seguindo-se de um aumento na concentração de cálcio citosólico, mudança anormal e excessiva na forma da célula, e morte celular.

Este fenómeno associa-se a um risco aumentado de Degenerescência Macular Relacionada com a Idade, que em Portugal estima-se que afecte 12% da população com mais de 55 anos, e que pode por sua vez progredir para cegueira, total ou parcial.

Os investigadores esperam que esta descoberta ajude no desenvolvimento de novas terapias que retardem o aparecimento e progressão da doença.