Fonte: Organização Mundial de Saúde

Este ano a Organização Mundial de Saúde celebrou no passado dia 10 de outubro, o Dia Mundial da Saúde Mental sob o tema O Jovem e a Saúde Mental num Mundo em Mudança.
 
Aponta-se que cerca de 50% das doenças mentais comecem aos 14 anos de idade, no entanto a maioria não é identificada nem tratada precocemente. Analisando o peso da doença no jovem, a depressão destaca-se na terceira posição, sendo o suicídio a segunda causa de morte nos jovens entre os 15 aos 29 anos.
 
A prevenção em saúde mental passa pela educação e discussão dos fatores protetores, procurando através dos estilos de vida saudáveis desenvolver mecanismos de resiliência e capacitação. 
 
A sessão comemorativa no Serviço Nacional de Saúde a propósito deste dia decorreu este ano em Oliveira do Hospital. No Porto, o Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto juntamente com alguns Agrupamentos de Escolas da cidade organizou uma conferência de debate de vários temas sobre saúde mental no jovem, como a violência e o bullying, o consumo de substâncias, a comunidade LGBTI. Concomitantemente, a Câmara Municipal do Porto e os ACeS Porto Ocidental e Oriental organizaram uma tertúlia num espaço público de entrada livre para discussão aberta do tema.
 
A discussão da saúde mental fora do palco das instituições procura, na proximidade com a população, fomentar o diálogo e diminuir o estigma da doença mental.
 
Mais informações em http://www.who.int/mental_health/world-mental-health-day/2018/en/.

A 8 de Outubro, a OMS felicitou mais três países da região do Pacífico Ocidental por terem eliminado a filariose linfática como problema de saúde pública. 

Palau, Vietname e as Ilhas Wallis e Futuna juntaram-se a outros 11 países* já validados pela OMS por alcançarem esse marco, reforçando o progresso a nível global da luta contra esta doença tropical negligenciada profundamente desfigurante e incapacitante.

A filariose linfática, também conhecida como elefantíase, é uma infeção transmitida através da picada do mosquito. É causada por três espécies de nemátodes parasitas, designados por filárias – Wuchereria bancrofti, Brugia malayi e Brugia timori -, e é uma doença com manifestações dolorosas e desfigurante, que pode causar incapacidade temporária ou permanente.
Apesar de ser geralmente adquirida na infância, é em idade mais avançada que as manifestações clínicas são visíveis.
Em relação às manifestações clínicas, a infeção crónica pode manifestar-se de várias formas, como linfedema dos membros e dos órgãos genitais, (principalmente membros inferiores e escroto) e ataques agudos recorrentes, extremamente dolorosos e acompanhados por febre.
A eliminação da filariose linfática tem sido conseguida através de campanhas de administração de medicamentos em massa (“mass drug administration”)  às populações em risco de áreas endémicas. A medicação apesar de terem um efeito limitado sobre os parasitas adultos, reduz efetivamente a densidade de microfilárias na corrente sanguínea prevenindo a disseminação de parasitas para os mosquitos.  
 
* Cambodja, Ilhas Cook, Egito, Maldivas, Ilhas Marshall, Niue, Sri Lanka, Tailândia, Togo, Tonga e Vanuatu.

Fica a saber mais aqui e aqui.

​Uma nova época da gripe inicia-se neste mês de outubro e perdura todo o inverno. Durante a época sazonal, a taxa de incidência desta infeção respiratória aumenta e atinge o seu pico, pelo que a elaboração e implementação de medidas preventivas e planos de contingência é fundamental.

​A infeção, provocada por vírus da família Orthomyxoviridae, tem consequências várias, sobretudo a nível da morbilidade e mortalidade nos grupos vulneráveis e de risco, dos sistemas de saúde por utilização excessiva, e do absentismo escolar e laboral. Deste modo, a vacinação contra a gripe, tornou-se uma intervenção importante na prevenção e redução da magnitude da doença. Apesar do elevado poder mutagénico do vírus, sobretudo do vírus Influenza A, a atualização científica de acordo com o ano e hemisfério, permite o desenvolvimento contínuo de uma vacina eficaz para cada época sazonal. Neste caso, trata-se de dois tipos de vacina, uma vacina trivalente com duas estirpes virais do grupo A e uma do grupo B, e uma vacina quadrivalente que adicionalmente inclui uma estirpe viral do grupo B.

Em Portugal, a DGS emitiu no dia 3 de outubro, a norma n.º 018/2018 (alteração do prévio estatuto de orientação) da vacinação contra a gripe para a época 2018/2019. As novidades introduzidas em relação à orientação anterior são:

1. Definição dos 6 meses de idade como idade mínima de elegibilidade para da vacinação;
2. Inclusão, formal, da DPOC, dos reclusos e guardas prisionais, nos grupos prioritários e recomendados para vacinar;
3. Atualização da composição vacinal e introdução da vacina quadrivalente;
4. Atualização de contraindicações e precauções.

A leitura integral da norma é aconselhada e pode ser consultada aqui.

O consumo de derivados lacticínios tem sido incentivado ao longo dos anos, como integrante de uma alimentação saudável, apresentando diversos benefícios para a saúde, sendo que o seu consumo é recomendado principalmente em idades pediátricas, dado o aporte de cálcio que estes alimentos permitem, tendo benefício quer para o desenvolvimento ósseo, quer para a prevenção de erosão dentária.

Investigadores da Universidade de Leeds estudaram a composição de vários iogurtes disponíveis no mercado, no Reino Unido, tendo chegado à conclusão que a grande maioria apresenta níveis de açúcar total elevados, com excepção para os iogurtes naturais e iogurtes gregos.

Estes números são preocupantes, principalmente numa população que tem vindo a aumentar a proporção de crianças com excesso de peso ou obesidade, e também com cáries dentárias.
Outra informação obtida, foi que a seguir aos iogurtes do grupo de “sobremesa”, o grupo que continha a mediana mais elevada para o total de açúcares era a dos “iogurtes orgânicos”, resultado relativamente preocupante, dada a sensação de segurança transmitida pelos mesmos.

Dos iogurtes estudados, menos de 9% do total, e apenas 2% dos iogurtes das crianças, continham açúcar em quantidades suficientes para serem etiquetados como categoria verde, na parcela do açúcar na tabela nutricional.
 
Artigo disponível aqui.