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,As desigualdades sociais é uma ciência cada vez melhor estudada e compreendida, e consequentemente, ganha relevância no panorama social, em termos políticos e civis. O desenvolvimento de uma sociedade não depende apenas do seu crescimento económico, mas sim de um conjunto de dimensões que influenciam o bem-estar pessoal e social de um indivíduo e satisfazem as suas expectativas, de acordo com a realidade envolvente. A OCDE, no âmbito da sua “Iniciativa Uma Vida Melhor: Medindo o Bem-Estar e o Progresso” (link) propõe 11 dimensões para analisar o bem-estar nas sociedades contemporâneas, na qual se inclui, naturalmente, a saúde. A redução de desigualdades sociais envolve estratégias multidimensionais, atendendo ao número de fatores que interagem com a população e entre si. Na edição do mês de outubro (link), o jornal Le Monde diplomatique, edição portuguesa, contém uma notícia sobre alguns resultados de uma investigação (QUESQ - Eficiência e Equidade na Construção do Serviço Público: a qualidade do estado social em questão), em curso no Centro de Investigação e Estudos de Sociologia - IUL, focada nas desigualdades do bem-estar em Portugal e na Europa. A agenda de investigação procura responder às seguintes questões:
Em relação às configurações do bem-estar na Europa, verificam-se assimetrias regionais. De acordo com o Le Monde, “os países nórdicos (Suécia, Islândia, Noruega, Dinamarca) e a Suíça apresentam os níveis mais elevados de bem-estar, seguidos da Europa central. Na cauda da Europa, encontram-se sobretudo os países de leste e a Itália. No conjunto de 22 de países da OCDE analisados, Portugal é o 12º com maior volume global de bem-estar.” Em relação às dimensões analisadas, a investigação conclui que “a saúde é a dimensão que mais contribui para o volume global de bem-estar”, enquanto, “por contraste, a participação e governação corresponde à dimensão que menos intervém no bem-estar dos europeus”. Por fim, o nível de bem-estar em Portugal situa-se no “perfil europeu do sul” que inclui países como a Espanha e a França, nos quais “depois da saúde, as dimensões que mais contribuem para as perceções positivas de bem-estar são a segurança e a conciliação entre vida familiar e profissional”. As principais conclusões para explicar as desigualdades em Portugal são as seguintes:
Embora as conclusões estejam de acordo com os resultados esperados, o papel assumido pela saúde é fundamental e reforça a importância de intervenções neste âmbito. Reduzir desigualdades sociais e em saúde é um objetivo em saúde pública, pelo que esta evidência científica pretende reforçar a seleção de estratégias de promoção de saúde, capacitação populacional e adoção de estilos de vida saudáveis, focado nos principais fatores determinantes de saúde.
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Outubro 2023
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