Nome
João Pedro Vieira (primeiro colega à esquerda). Instituição/Conferência/Encontro, Cidade e País Euronet MRPH Summer Meeting 2017, Motovun, Croácia, de 6 a 8 de Julho. Como foi o processo de candidatura? Como participei em representação das Comissões de Médicos Internos, não passei por nenhum processo de candidatura. Contudo, o processo de candidatura para os restantes internos interessados é muito simples: em todas as reuniões existe uma “call” para potenciais interessados, bastando fazer uma demonstração de interesse em participar. Quais foram as tuas funções? A minha função foi sobretudo a de assegurar a defesa das posições portuguesas na Assembleia-Geral e participar nos Grupos de Trabalho mais pertinentes para o nosso país. Neste caso em concreto ia com uma “missão” em particular, a de assegurar que organizávamos a próxima reunião em Portugal, e fomos bem sucedidos. No caso dos colegas que não pertencem às Comissões, habitualmente a participação ocorre na função de observador e a única diferença é que na Assembleia-Geral não assumem posições em nome das Comissões, a não ser que sejam mandatados para fazê-lo. Achas que foi uma experiência enriquecedora a nível profissional? Quais as maiores aprendizagens? A participação nas reuniões da Euronet é muito enriquecedora, pois permite-nos contactar com internos de outros países, compreender como funciona o internato nesses locais e perceber melhor quais são as funções e competência de um médico de saúde pública noutros países. Estes momentos abrem-nos os horizontes e isso é muito importante, sobretudo por nos encontrarmos numa fase inicial da nossa carreira e onde podemos fazer opções muito diferentes em função destas experiências. Tiveste oportunidade para conhecer melhor outros colegas e a cidade onde decorreu o evento? O que achaste de Genebra? Para além do contacto com colegas de outros países, de facto estas oportunidades permitem-nos conhecer outros países, outras cidades, outra cultura, e isso é muito importante para podermos exercer as nossas funções adequadamente numa saúde pública cada vez mais global. Motovun é uma vila turística, situada num monte com apenas uma estrada de acesso, rodeada de vinha, e onde na semana seguinte iria realizar-se um Festival Internacional de Cinema. É um óptimo local para trabalhar, comer e descansar. Se alguém estiver a pensar em fazer um retiro para recuperar energias, Motovun é um óptimo sítio para isso mesmo. O que mais te marcou nesta experiência? Muitas vezes achamos que as decisões no seio das organizações estão dependentes de momentos formais de discussão e votação, mas isso não é totalmente verdade. Os momentos informais e os relacionamentos pessoais são decisivos e influenciam muito o desfecho e o rumo que as organizações seguem. Motovun foi uma experiência que veio confirmar isso mesmo e um momento de aprendizagem muito importante nesse sentido. Que conselhos darias a outros internos que gostassem de ter uma experiência semelhante? O primeiro conselho que posso deixar a todos os médicos internos portugueses é o de não deixarem passar a oportunidade de participar na próxima reunião da Euronet, que decorrerá no nosso país; o segundo é o de não deixarem passar a oportunidade seguinte para participarem numa reunião fora do país e compreenderem toda a dinâmica envolvida numa participação no estrangeiro. Ninguém devia acabar o internato sem participar em pelo menos uma reunião da Euronet. As reuniões habitualmente têm vários momentos: um momento de Assembleia-Geral, onde são discutidos os assuntos internos relacionados com os trabalhos da organização; um momento de trabalho em grupo sobre diversos temas relacionados com a Saúde Pública, com o Internato e com a Investigação; um programa de conferências; e um programa social. Todos eles valem a pena e a participação numa destas reuniões pode ser o passo inicial para um trabalho de continuidade, seja de investigação, seja na própria organização, que pode influenciar muito o rumo do nosso internato, da nossa carreira e da Saúde Pública na Europa. Participem!
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