Tiago Bandeira @ EPH, Ljubljana (Eslovénia)

Instituição/Conferência/Encontro, Cidade e País
European Public Health Conference 2018, Ljubljana (Eslovénia) – 28 novembro a 1 dezembro 2018

Como foi o processo de candidatura?
A EPH Conference é promovida pela EUPHA (European Public Health Association) e as inscrições têm um preço reduzido para estudantes e associados da EuroNet MRPH (European Network of Medical Residents in Public Health). Como abrange várias temáticas no âmbito da Saúde Pública, é possível enviar resumos diversos para apresentações de pósteres, comunicações orais e/ou workshops.

Achas que foi uma experiência enriquecedora a nível profissional? Quais as maiores aprendizagens?
Sem dúvida! Esta conferência teve como lema Winds of change: towards new ways of improving public health in Europe e permitiu, como em qualquer conferência internacional, conhecer imensos profissionais de Saúde Pública, bem como variados trabalhos que são feitos noutros locais e contextos. Estiveram presentes cerca de 1700 delegados de diferentes países e decorreram, muitas vezes em simultâneo, palestras, sessões plenárias, workshops, apresentações de trabalhos, entre outros. Conforme as áreas de interesse de cada um, foi possível escolher o que mais nos cativasse.
Levei à conferência um poster com a colega Ana Regina Sá, intitulado HIV testing among 50+ year-old people in primary healthcare settings in Aveiro Region (Portugal), o que foi também uma ótima experiência! Para além da discussão proveitosa do trabalho, surgiram questões relevantes e novas propostas para investigação.

Tiveste oportunidade para conhecer melhor outros colegas e a cidade onde decorreu o evento?
Felizmente, já conhecia alguns dos colegas portugueses que também foram à conferência. No entanto, a delegação nacional neste evento da EUPHA foi a maior de sempre, pelo que houve vários profissionais, alguns deles também médicos internos, que tive oportunidade de conhecer e conversar.
Já conhecia a cidade, uma vez que estudei na Universidade de Ljubljana durante um semestre, em 2015. De qualquer forma, foi ótimo revisitar e matar saudades dos bons momentos que lá passei. Durante os dias da EPH 2018 houve também tempo para passear com os colegas, tendo tido o prazer de poder servir, em parte, de guia turístico

O que achaste da cidade?
Tal como referi, já conhecia a cidade e nutro um carinho muito especial por ela. É uma cidade pequena, mas muito agradável. Foi eleita Capital Verde da Europa em 2016 e na sua zona história não circulam automóveis. O meio preferido de deslocação são as bicicletas e os autocarros, e a consciência ambiental é transversal à população. É raríssimo ver lixo no chão, nomeadamente pastilhas elásticas e beatas de cigarros, por exemplo.
A inauguração anual das luzes natalícias coincidiu com o período da conferência, pelo que toda a envolvente se tornou mágica a partir da tarde do dia 30 de novembro! Foi uma boa altura para visitar.

O que mais te marcou nesta experiência?
A possibilidade de contactar com profissionais das mais variadas áreas, mas todos com a Saúde Pública em comum. As diferentes proveniências e locais de trabalho permitem-nos ter noção de que não há impossíveis, e que muito do que já se faz lá fora pode ser adaptado e replicado em Portugal, por exemplo.

Que conselhos darias a outros internos que gostassem de ter uma experiência semelhante?
Pelos motivos que já fui enunciando, aconselho vivamente a presença na conferência! A European Public Health Conference ocorre todos os anos, normalmente em novembro, em cidades diferentes pela Europa. As inscrições abrem em fevereiro/março do ano respetivo. Em 2019 decorrerá em Marselha (França), sendo o tema central Building bridges for solidarity and public health (https://ephconference.eu/). Costuma haver, inclusive, candidaturas para fellows da EPH Conference, que podem ajudar na logística do evento, tendo como recompensa a oferta da inscrição.