Nome
Duarte Vital Brito Instituição/Conferência/Encontro, Cidade e País European Health Forum Gastein (EHFG), Bad Hofgastein, Áustria - 3 a 5 de Outubro de 2018 Como foi o processo de candidatura? Apesar de ser possível estar presente no evento através de inscrição formal, optei por me candidatar ao programa Young Forum Gastein. O processo de candidatura a esta bolsa tem início em meados de Março e prolonga-se por cerca de dois meses. Este ano estiveram presentes 72 Young Forum Gasteiners, selecionados com base no currículo e carta de motivação enviados. Podem acompanhar mais informações no site do EHFG (https://www.ehfg.org/young-forum-gastein/) Achas que foi uma experiência enriquecedora a nível profissional? O EHFG é uma conferência internacional que reúne vários profissionais da área da saúde e de outros setores, num ambiente de partilha e discussão único. O tema principal deste ano foi “Health and Sustainable Development - Bold political choices for Agenda 2030” e foi possível ouvir perspetivas de personalidades altamente reputados na área da Saúde Pública, como Sir Michael Marmot, Martin McKee, Josep Figueras, Natasha Azzopardi-Muscat e Ilona Kickbush. Os vários formatos de sessão utilizados permitiram ter um contacto mais próximo não só com os oradores, mas também com membros do congresso com experiências completamente diversas, complementares e enriquecedoras. Apesar do pendor político incutido no título, sinto que a inclusão de membros de vários setores (político, saúde, sociedade civil, investigação, comunicação, entre outros) permitiu abordar questões correntes e futuras sob um olhar mais abrangente e realista. O Young Forum Gastein implica também um comprometimento com a cobertura “media-like” de algumas sessões e permitiu-me apresentar uma ideia desenvolvida em conjunto com dois colegas da Euronet MRPH. Este ano houve também uma Hackaton que permitiu a outros colegas marcarem presença - mais uma vez, é uma questão de seguirem o evento nas redes sociais e website, estando atentos às novidades. É um evento único para estabelecer novos contactos a nível internacional e potenciar projetos de investigação, trocar impressões com líderes na área da saúde e estar a par dos desenvolvimentos mais recentes a nível europeu. Quais as maiores aprendizagens? Em termos teóricos diria que a variedade de conceitos explorados em áreas emergentes foi bastante estimulante para futuros estudos, nomeadamente relacionados com o Value Based Healthcare, a translação de políticas de saúde para a prática, a colaboração intersectorial como resposta a diversos problemas de saúde e a redução de iniquidades. Também tivemos oportunidade de estar presente em alguns workshops sobre comunicação em público e gestão do processo editorial em revistas científicas. Mas diria que a troca de experiências e perspetivas com outros Young Gasteiners foi o maior ganho que tive no evento, dado que esta é uma rede que se estende para além dos dias do evento. Tiveste oportunidade para conhecer melhor outros colegas e a cidade onde decorreu o evento? O programa do Young Forum Gastein implica estar presente no local entre um a dois dias mais cedo, para haver oportunidade de realizar formação, briefings e convívio entre todos os presentes. O próprio programa da conferência contempla vários passeios às cidades mais próximos, incluindo Salzburgo. Destacaria também uma das viagens que fizemos, para assistir ao nascer do sol no topo de uma das montanhas de um vale de Gastein, enquanto tomávamos um reconfortante pequeno almoço. Existem imensos momentos de networking durante a conferência e é possível conviver nos eventos sociais durante a tarde e noite. O que achaste da cidade? Não tendo oportunidade de visitar Salzburgo, acabei por conhecer Gastein e as vilas em redor através dos vários eventos que foram agendados e de alguns treinos matinais junto ao rio. É uma vila bastante calma e acolhedora, conhecida pelas suas termas, as quais recomendo (apesar de não ter tido oportunidade de usufruir destas). O que mais te marcou nesta experiência? Não estava à espera que o programa fosse tão intenso e denso (de resto, foi uma das críticas construtivas que deixámos no final, enquanto Young Forum Gasteiners), mas como dizemos em Portugal “quem corre por gosto não se cansa”! Se tivesse de referir apenas um ponto desta experiência, destacaria a oportunidade de networking com os vários Young Forum Gasteiners, devido à diversidade formativa e cultural destes, assim como a manutenção de contactos para o futuro. Mas também as discussões estimuladas e a organização do evento estiveram bem acima das minhas expectativas. Que conselhos darias a outros internos que gostassem de ter uma experiência semelhante? O European Health Forum Gastein é uma oportunidade impar de partilha de experiências internacional, estejam atentos ao período de candidaturas e concorram. Existem outros eventos do género no contexto europeu, definam algumas áreas de foco, pesquisem que associações e eventos existem, assim como eventuais bolsas às quais possam concorrer para suportar os custos. Existem várias novidades na área da Saúde Pública a serem implementadas na Europa e este tipo de eventos permite-nos alargar horizontes e transportar as boas-práticas utilizados no estrangeiro para a nossa prática nacional.
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11/12/2018 0 Comentários Firmino Machado @ European Centre for Environment and Health, Alemanha, BonnNome
Firmino Machado Instituição/Conferência/Encontro, Cidade e País United Nations, World Health Organization (WHO), European Centre for Environment and Health, Alemanha, Bonn Como foi o processo de candidatura? Demorado, complexo e burocrático. Realizei um pedido formal ao diretor do office para realizar estágio, que aceitou. No entanto, o processo teve de seguir uma submissão habitual de estágio na WHO, através de plataforma própria. Achas que foi uma experiência enriquecedora a nível profissional? Quais as maiores aprendizagens? O aspeto mais enriquecedor foi sem dúvida o facto de ter contactado com um nível de organização da saúde pública supranacional. Se no internato tinha já experienciado o nível local, regional e nacional, esta foi uma oportunidade única para trabalhar com uma equipa efetivamente multidisciplinar e com visão global sobre a saúde pública, especificamente na área da saúde ambiental. O estágio permitiu-me trabalhar nas áreas de health impact assessment (HIA) e environmental inequalities (EI), temas ainda embrionários em Portugal. Todos os profissionais com quem trabalhei primaram pela minha integração nos projetos em curso nas áreas de HIA e EI. Rapidamente foi-me dada a autonomia para executar tarefas dentro de cada um destes programas. Este aspeto penso ter sido crucial, dado permitir gerar não só conhecimento nestas áreas, mas também reais competências. Tiveste oportunidade para conhecer melhor outros colegas e a cidade onde decorreu o evento? A possibilidade de conhecer outros profissionais da saúde pública foi um dos aspetos mais positivos do estágio. Partilhei escritório com médicos internos chineses e alemães, mas também com farmacêuticos espanhóis, holandeses e italianos. A formação prévia destes profissionais é também diversificada, desde pessoas com doutoramento até recém-licenciados. A partilha e contraste de formações e de experiências foi central para fortalecer uma relação que se continuou bem para além do estágio. Sublinharia também a possibilidade que tive de conhecer e trabalhar com profissionais de outros offices que não a OMS, nomeadamente a UNESCO – UNEVOC e a UNFCCC que pelo facto de estarem sediados no mesmo edifício e pautarem a sua atividade operacional também pelos SDGs acabam por trabalhar em projetos comuns com a OMS O que achaste da cidade? Resiliente, verde, sustentável. Um exemplo do que deveriam ser as smart cities. Seguramente não é um exemplo de cidade vibrante, com acesso à cultura, mas para isso existe Koln. O que mais te marcou nesta experiência? Possibilidade de experienciar a saúde pública a nível internacional, com uma forma de planeamento em saúde totalmente orientada pelos SDG, que permite uma verdadeira conexão entre as diferentes partes da sociedade – saúde, educação, economia, etc. Que conselhos darias a outros internos que gostassem de ter uma experiência semelhante? Planeamento do estágio atempado. Discussão do procedimento com a Coordenação do Internato Médico de Saúde Pública de forma a que os pedidos possam ser feitos atempadamente. O processo demorou aprox. 3 meses até ser obtida aprovação. e-mail: [email protected] No último dia do congresso, a calma e o cansaço já começavam a sentir-se. Mesmo assim, a produção científica portuguesa continuava a ser divulgada.
Durante toda a manhã, realizaram-se 26 workshops, cinco seminários, cinco mesas redondas de discussão, dez sessões de comunicações orais, duas sessões de apresentação pitch e seis sessões de apresentação de pósteres. No workshops, sublinha-se a palestra de Débora Miranda “Lessons learned from developing and applying health literacy tools in Portugal”. Cristina Teixeira apresentou a comunicação oral “Maternal care, pregnancy complications and birth outcomes among native and migrant women in Portugal”. Na apresentação de pósteres, pudemos assistir a Teresa Caldas de Almeida com o trabalho “Developing a training programme in Health Impact Assessment (HIA) in Portugal”, Sara Duarte com o poster “Practice what you preach: measles vaccination coverage and outbreaks in healthcare workers in Europe”, Margarida Vieira com “Planning health in school: a stepwise process to building children’s healthy behaviours in Portugal” e Rita Sá Machado com o trabalho “International Health Regulations: core capacities assessment at Points of Entry in Portugal”. O colega Duarte Vital Brito organizou e apresentou o seminário “Practical update on presenting health data in an effective way”. O congresso encerrou com uma sessão plenária sobre cobertura universal de saúde nos estados-membros europeus e com a cerimónia de encerramento, que premiou o colega José Luís Sandoval com o Prémio Jovem Investigador “Ferenc Bojan” pelo trabalho apresentado no dia anterior. |
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