5/12/2017 0 Comentários Um olhar sobre o IX ENMISPNo passado mês de Outubro tive a oportunidade de participar no meu primeiro Encontro Nacional de Médicos Internos de Saúde Pública. O primeiro dia começou com os workshops “Gestão de Equipas em Saúde” e “Como atuar em eventos de massa?”, ambos muito bem organizados e interativos. De salientar o Public Health Pitch com um prova de vinhos da Rota Alentejana, algo que resultou muito bem, ao promover a interligação cultural com a região e uma discussão informal de vários temas entre os colegas. No segundo dia, teve lugar de manhã o workshop “Medicina das Viagens” e, ainda, a sessão de homenagem ao Dr. Francisco George, uma personalidade incontornável da nossa profissão. Em ambos os dias decorreram, também, diversas sessões de debate sobre os diferentes temas com que a saúde se confronta na atualidade. O último dia foi organizado pela ANMSP, ao qual não pude comparecer. Os eventos sociais foram mais contributo para o sucesso do encontro. Os jantares organizados nas duas noites e a visita guiada pelo centro histórico de Évora foram muito animados e enriquecedores. Évora foi uma ótima escolha. A cidade centenária apresenta uma cultura rica e ativa, caracterizada pelo seu centro histórico, o que fez com que os participantes mantivessem a proximidade. Dado ser uma estreia para mim, levava alguma expectativa, que rapidamente se mostrou positiva. O contacto com os colegas da especialidade permitiu abrir os meus horizontes, ver novas perspetivas e oportunidades. Saúde Pública é uma especialidade muito abrangente, que requer orientação atualizada e organizada para que, no futuro, a ordem de trabalhos vá de encontro à preferência de cada médico de Saúde Pública. Uma última palavra para a comissão organizadora. Demonstraram uma enorme organização, solidariedade e cooperação com todos os participantes, e, por tal, agradeço a vossa dedicação. João Paulo Magalhães Interno do Ano Comum no Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra Interno de Formação Específica em Saúde Pública no Aces Porto Oriental a partir de Janeiro 2017 A primeira vez que participei num ENMISP foi em 2013. Frequentava o Ano Comum e já estava decido a escolher a melhor especialidade do mundo. Quando fui informado que se iria realizar em Coimbra o 5º ENMISP, inscrevi-me prontamente. O programa do 5º ENMISP incluía apenas um dia. De facto, ainda estavam a ser dados os primeiros passos na consolidação deste encontro. O 1º tinha sido em 2006, o 2º em 2008, o 3º em 2011 (neste, alegadamente, participaram menos de 10 internos…) e só a partir de 2012 tornaram-se anuais. Ainda bem que estava determinado a escolher Saúde Pública, pois no 5º ENMISP foram apresentados os seguintes dados: média de 3 internos que concluíam a especialidade de Saúde Pública por ano e taxa de abandono da especialidade de 86%! Um dos principais temas abordados foi a possibilidade de outras instituições, para além da ENSP, virem a ministrar o CESP (algo que só se concretizou em 2015). É incrível a forma como o panorama do nosso internato mudou nos últimos anos. Há que enaltecer o trabalho de todos os colegas que lutaram por esta mudança. Em 2014, o ENMISP regressou a Lisboa. O início do VI ENMISP coincidiu com a última sessão do curso de FPASP (“desviada” para Lisboa), e o final com a reunião da EuroNet MRPH. Deste modo, foi possível aumentar a participação de internos, sobretudo do 1º ano, bem como atrair colegas de outros países europeus. Uma das principais novidades deste encontro foi a realização de Workshops a ocorrer em paralelo. No ano seguinte, encontrava-me na ENSP a frequentar o CESP. Mesmo assim, em meados de novembro, desloquei-me a Braga para o 7º ENMISP. Apesar da pertinência dos temas abordados, e da manutenção dos Workshops formativos com enorme sucesso no ano anterior, este encontro contou com uma diminuta participação de colegas do Sul do país, que poderá ser explicada pelo facto de ter ocorrido numa quarta-feira. O 8º ENMISP decorreu em Cascais, nos dias 24 e 25 de novembro de 2016. Contou com uma maior participação de internos de todo o país. Um dos principais destaques foi a oportunidade de discussão da Reforma da Saúde Pública com médicos internos e especialistas, incluindo o Dr. Francisco George, então Diretor-Geral da Saúde. Contudo, apesar dos esforços da Comissão Organizadora em proporcionar momentos de união e convívio, como o jantar oficial e o Bar Camp, verificou-se uma considerável dispersão de colegas. Chegamos a 2017 com a promessa de que o IX ENMISP seria o melhor de sempre! Confesso que fiquei um pouco cético com tamanha ambição. Uma vez que seria realizado em Évora, em pleno Alentejo, temia uma escassa mobilização de colegas do Norte do país. Enganei-me! Verifiquei uma forte adesão de internos de todo o país, do Norte ao Algarve, a participação de vários especialistas e uma considerável presença de internos do Ano Comum. Fiquei, inclusive, com a perceção de ter sido o ENMISP com mais participantes! O programa científico, na minha opinião, esteve ao nível das edições anteriores. De realçar a sessão de homenagem ao Dr. Francisco George. Mas o que mais me surpreendeu, pela positiva, foi o espírito vivido durante o programa social. Dos almoços aos jantares, passando pelos passeios pelas ruas de Évora até ao Public Health Pitch, com prova de vinhos regionais, viveram-se momentos de confraternização e partilha que, a meu ver, superaram as edições anteriores. A Saúde Pública tem futuro. Seremos cada vez mais e melhores. Venha o décimo! Renato Martins
Médico Interno de Saúde Pública do 4º ano Unidade de Saúde Pública Zé Povinho – ACES Oeste Norte
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