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8/10/2021 0 Comments

A PESTE

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Albert Camus
Livros do Brasil
Editions Gallimard, 1947
264 pp., Paperback
EUR 16.60
ISBN 978- 972-38-2934-1


           


              Albert Camus nasceu na costa da Argélia a 7 novembro de 1913, durante a ocupação francesa, numa localidade chamada Mondovi, hoje denominada Dréan. Foi escritor, filósofo, romancista, dramaturgo, jornalista e ensaísta franco-argelino. O seu trabalho profícuo inclui peças de teatro, novelas, notícias, filmes, poemas e ensaios, através dos quais desenvolveu um humanismo baseado na consciência do absurdo da condição humana. Para Camus, a resposta ao absurdo é a revolta, que leva à ação e dá sentido ao mundo e à existência. Esta obra foi considerada um dos melhores romances europeus do período pós-guerra. Em 1957, Camus foi consagrado com o Prémio Nobel da Literatura.
 
            Orão, uma cidade real da Argélia onde, ao longo da história se registaram vários episódios de peste e epidemias, foi o cenário escolhido por Albert Camus para, em 1947, escrever aquela que muitos consideraram ser a sua obra-prima. Esta integra o chamado Ciclo da Revolta, juntamente com os romances O Homem Revoltado e Os Justos.
 
            A história inicia-se a 16 de abril do ano de 1940, em Orão, cidade situada de frente para o Mar Mediterrâneo. Tudo levava a crer que se tratava de um dia normal, até um rato sair das sombras e vir a morrer ensanguentado numa rua primaveril. Pensou-se que era artimanha de adolescentes ociosos, até que dezenas, centenas e, depois, milhares de ratos juncaram a cidade quase indiferente. Este é o primeiro sinal de uma epidemia de peste que, em breve, tomará conta da cidade. No entanto, só quando ocorreu a primeira morte humana é que o médico Bernard Rieux, personagem principal desta obra, teve coragem de pronunciar a palavra “Peste”, mas já era tarde demais. Sujeita a quarentena, Orão torna-se um território irrespirável e os seus habitantes são conduzidos até estados de sofrimento, de loucura, mas também de compaixão de proporções desmedidas.
 
            O narrador, aparentemente exterior aos factos, vai elegendo algumas personagens como emblemas dos seus impasses morais, conferindo um andamento mitológico a este romance.
Descreve como reage a população, indo da apatia à ação e como alguns se expõem ao risco para enfrentar a disseminação da peste. É evidente o sofrimento da população ao longo do processo, tanto pelas mortes como pela quarentena na cidade. Esta traduziu-se numa fase difícil para todos os moradores, pois viviam tristes e indolentes, separados dos entes queridos e tendo a convicção de que eram prisioneiros, uma vez que até o envio de cartas foi proibido por ser um possível meio de transmissão da doença. No entanto, há quem se aproveite desta situação; um desses exemplos é o desenvolvimento de um mercado paralelo de produtos. Liderando a comunidade médica, Rieux vê-se em conflito não só com colegas, mas também com instituições da cidade, tendo de lidar com um governo burocrático, representado pelo Prefeito e pelo magistrado Othon, e com a fé religiosa, simbolizada pelo padre Paneloux. Num primeiro momento, as autoridades hesitam em aceitar a doença. Essa imagem do indivíduo infetado ao invés da comunidade coletiva infetada permite que as autoridades municipais desconsiderem o problema crescente, uma vez que, “desde que cada médico tenha encontrado apenas dois ou três casos, ninguém havia pensado em tomar ação”. O principal objetivo do Prefeito focava-se em impedir o reconhecimento formal da praga, ao invés de se preocupar com a segurança da sua população. Enquanto os médicos debatiam o possível diagnóstico daquela situação, “o Prefeito, estremeceu e voltou-se maquinalmente para a porta, como para verificar se ela tinha impedido aquela enormidade de se espalhar pelos corredores”. Apesar de cético em relação a este surto, até o Dr. Richard afirma que deviam ser implementadas “medidas de profilaxia previstas na lei”, se a situação não se resolvesse. Tal como o Prefeito, também a população de Orão evita reconhecer a praga, até que esta dura realidade não possa mais ser negada. Na visão do narrador, os indivíduos, incluindo os médicos, deveriam agir em prol dum bem comum, dado que a inação resultaria apenas da ignorância dos mesmos. “Os que se dedicaram às formações sanitárias não tiveram grande mérito em fazê-lo, pois sabiam que era a única coisa a fazer e, pelo contrário, não se decidirem é que teria sido inacreditável”.
 
            Enquanto o Dr. Rieux luta com toda a sua força contra o mal, recusando qualquer justificação metafísica para a calamidade, o padre Paneloux vê na praga uma maldição divina, uma punição pelos pecados humanos. No decurso do seu primeiro sermão, Paneloux recorre à peste para repescar a fé dos habitantes de Orão, afirmando que só o arrependimento pode redimir o género humano. O jesuíta Paneloux interpreta a pandemia como uma merecida maldição punitiva coletiva sobre os oranenses, da qual ele se exclui: “Meus irmãos, a desgraça caiu sobre vós; mereceste-la, meus irmãos”. Na Bíblia, a peste constitui um símbolo de punição divina. À medida que a narrativa prossegue, a agonia dos seres humanos e, sobretudo, a morte de uma criança começam a abalar Paneloux, que perde a sua ênfase oratória, começando com mea culpa, e passando de «vós» para «nós». Também Rieux é afetado pela morte desta criança, filho do juiz Othon: “e hei de recusar até à morte amar esta criação em que as crianças são torturadas”.
 
            É através de Rieux que testemunhamos o avanço da epidemia, sendo este o elemento que alista as brigadas sanitárias. Todos os homens válidos serviriam para ajudar a combater a peste. A Prefeitura decidira afastar os parentes dos enterros, dada a falta de caixões e de panos para mortalha. As covas eram feitas de forma que homens e mulheres fossem enterrados sem nenhuma distinção, sendo cobertos de cal e de terra, deixando espaço para corpos futuros. Tal deixava as famílias tristes e ofendidas.

            Em dezembro, sinais de melhoria começaram a aparecer. A peste perdia a sua força com rapidez e a doença tinha partido tal como tinha chegado, misteriosa e silenciosa.
 
            O narrador finaliza a obra afirmando que a peste não morre nem desaparece, simplesmente adormece, esperando pacientemente que chegue o dia em que acordará os ratos e os mandará morrer numa cidade feliz.
 
 
Autoria Sandra Cabral
Edição Filipa Gomes

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